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Internacional

EUA preveem trégua esta semana; Hamas soltaria 33 reféns

Acordo para libertação dos reféns fracassou inúmeras vezes ao longo da guerra, que começou no dia 7 de outubro de 2023


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Mediadores dos EUA e de países árabes fizeram progresso nesta segunda-feira, 13, para um cessar-fogo que levaria a libertação de reféns mantidos em Gaza. Autoridades americanas dizem que o acordo pode ser fechado ainda nesta semana. Segundo a CNN, o Hamas libertaria 33 israelenses na primeira fase da trégua.

O acordo para libertação dos reféns fracassou inúmeras vezes ao longo da guerra, que começou no dia 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel e matou 1,2 mil pessoas. Agora, as negociações parecem ter avançado, com o emir do Catar reunindo-se com Brett McGurk e Steve Witkoff, enviados especiais para o Oriente Médio do presidente dos EUA, Joe Biden, e do presidente eleito, Donald Trump. Após o encontro, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou que o acordo está "próximo e pode ser fechado" ainda esta semana.

O Catar estaria pressionando o Hamas a aceitar o acordo, enquanto McGurk e Witkoff estariam pressionando os israelenses. Uma autoridade egípcia confirmou o avanço e disse que a trégua seria fechada em alguns dias. Ambos os lados estão buscando um acordo antes da posse de Trump, dia 20.

Detalhes

Questionado sobre as negociações em uma coletiva de imprensa, o chanceler de Israel, Gideon Saar, demonstrou otimismo. "O progresso foi feito e espero que em pouco tempo as coisas aconteçam", disse.

Um oficial do Hamas afirmou que algumas questões ainda precisam ser resolvidas, incluindo o compromisso israelense de acabar definitivamente com a guerra, que já matou mais de 40 mil palestinos, de acordo com o Hamas.

Um fonte ouvida pela CNN indicou que há também desacordo sobre a zona-tampão proposta por Israel dentro de Gaza, que seria implementada ao longo da fronteira leste e norte do enclave. O Hamas propõe que ela volte ao tamanho anterior aos ataques de 2023, com uma faixa de até 500 metros, enquanto os israelenses exigem mais de 2 mil metros. Os palestinos alegam que se a zona-tampão for muito extensa muitos deslocados não retornarão a suas casas.

Fases

EUA, Egito e Catar passaram mais de um ano tentando intermediar um acordo para encerrar a guerra e garantir a libertação dos reféns. Mas as negociações sempre travaram. O Hamas disse que não liberta ninguém até o fim da guerra, enquanto o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, prometeu continuar a campanha até a "vitória total" sobre o Hamas.

Agora, a discussão é sobre um cessar-fogo em fases, segundo diplomatas envolvidos na negociação. Netanyahu sinalizou que está comprometido apenas com a primeira fase, quando o Hamas soltaria 33 reféns em troca da interrupção dos combates.

A possibilidade de um cessar-fogo duradouro e outras questões seriam negociadas após o início da primeira fase. O Hamas exige a retirada total dos israelenses e o fim da guerra, e espera que a primeira fase alcance esse objetivo.

O acordo, no entanto, pode enfraquecer a coalizão de Netanyahu, que inclui partidos de extrema direita que ameaçaram deixar o governo se ele fizer muitas concessões. A oposição prometeu dar ao premiê o apoio que ele precisa para aprovar uma trégua para a libertação dos reféns.

Premiê israelense se reunirá com parentes de reféns do Hamas

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, se reunirá hoje com as famílias dos reféns em Gaza, um encontro que aumentou as especulações de que um acordo está perto, segundo o Channel 12, de Israel.

O governo israelense, porém, rejeitou a possibilidade de devolver o corpo do líder do Hamas, Yahya Sinwar, como parte de um acordo de reféns. "Isso não vai acontecer. Ponto final", disse uma autoridade ao jornal Times of Israel. Mais cedo, o canal saudita Al-Hadath sugeriu que o Hamas exigiria o corpo de Sinwar para fechar um acordo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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