EUA mandam porta-aviões para perto do Irã
Defesa americana manda grupo de ataque ao Golfo Pérsico em advertência ao país, que oferece apoio ao grupo radical Hamas
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O Departamento de Defesa americano decidiu redirecionar o grupo de ataque do porta-aviões USS Eisenhower para o Golfo Pérsico, no litoral iraniano. A decisão foi anunciada pelo secretário da pasta Lloyd Austin.
Na terça-feira (24), o governo americano confirmou, por meio de nota, a transferência do navio para o Comando Central dos EUA, responsável por ações militares na área.
O Golfo Pérsico banha diferentes países do Oriente Médio, entre eles o Irã. As tensões deste país com os Estados Unidos voltaram a crescer após o início da guerra entre Israel e o grupo Hamas, que conta com apoio iraniano.
“Isto é mensagem de dissuasão para aqueles que desejam transformar este conflito num conflito regional mais amplo. Nunca hesitaremos em proteger as nossas forças”, disse o secretário de Imprensa do Pentágono, general Pat Ryder.
Além do porta-aviões, uma bateria antimísseis denominada Defesa Terminal de Área de Alta Altitude e um sistema antimísseis Patriot também foram enviados para a região. Tropas adicionais dos EUA foram avisadas para se prepararem para “atender ordens”, acrescentou Ryder.
A nota divulgada pelo Departamento de Defesa afirma ainda que o governo americano mantém seu foco em “apoiar o direito de Israel de se defender dos ataques de terroristas”.
Porém, o órgão destaca que continua preocupado “com a possibilidade de algumas partes tentarem escalar o conflito em Israel para um conflito maior no Oriente Médio ou aproveitar a oportunidade para atacar as forças americanas”.
Palestina anunciou que metade das vítimas dos bombardeios na Faixa de Gaza são crianças e mulheres.
RESPOSTA
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, durante seu discurso no Conselho de Segurança da ONU, alertou o Irã que os Estados Unidos responderiam “decisivamente” a qualquer ataque de seus representantes, à medida que as tensões aumentam com a guerra entre Israel e Hamas.
“Os EUA não buscam conflito com o Irã. Não queremos que essa guerra se amplie. Mas se o Irã ou seus representantes atacarem o corpo de funcionários dos EUA, em qualquer lugar, não se engane: defenderemos nosso povo – defenderemos nossa segurança – de forma rápida e decisiva”, alertou.
Israelenses provocam ONU
O Exército de Israel usou as redes sociais para provocar a Organização das Nações Unidas (ONU) ao mandar uma agência da entidade pedir combustível para o Hamas, grupo extremista que invadiu o território israelense no último dia 7 de outubro.
A conta oficial das Forças Armadas de Israel na rede social X, antigo Twitter, respondeu uma publicação do perfil da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).
“Estes tanques de combustível estão dentro de Gaza. Eles contêm mais de 500 mil litros de combustível. Pergunte ao Hamas se você pode ter alguns”, escreveu.
A resposta de Israel acontece após o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmar que “o ataque de Hamas não aconteceu por acaso” e destacar que o conflito entre Israel e Palestina se dá desde 1948, quando o Estado de Israel foi instaurado pela própria ONU sem o consentimento dos árabes que viviam na região.
“Eles viram suas terras serem brutalmente tomadas e varridas pela violência”, disse Guterres.
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