Enquanto China e Rússia falam em negociações, ataque deixa dez mortos na Ucrânia
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O número de mortos no ataque com drones da Rússia à cidade portuária de Odessa, na Ucrânia, subiu para dez neste domingo, 3. O bombardeio da véspera atingiu um prédio residencial e, segundo autoridades ucranianas, há pelo menos três crianças e bebês entre as vítimas.
O presidente ucraniano Volodmir Zelenski publicou nas redes socias um vídeo da operação de resgate e detalhou que as crianças mortas no ataque tinham cerca de três anos, oito meses e quatro meses. "A Rússia fez das crianças ucranianas alvos militares", acusou.
Após o ataque, Zelenski também pediu aos aliados que reforcem a defesa aérea ucraniana. O apelo vem no momento em que o apoio dos EUA é cada vez mais incerto, com o pacote de US$ 60 bilhões travado na Câmara.
"Atrasos na entrega de armas à Ucrânia, bem como na defesa aérea para proteger o nosso povo, infelizmente resultam em tais perdas", disse Zelenski. "A Ucrânia nunca solicitou nada além do necessário para proteger vidas", acrescentou.
Do outro lado, o Ministério da Defesa russo informou que 38 drones ucranianos foram interceptados neste domingo sobre a Crimeia, anexada em 2014. A ponte que liga a península ao território russo ficou fechada por cerca de duas horas pela manhã.
Representante da China na Ucrânia visita Moscou
Enquanto isso, em Moscou, o enviado especial da China para Ucrânia teve reuniões neste fim de semana com altos diplomatas russos. Essa foi a primeira etapa de uma viagem europeia, que também tem paradas previstas em Bruxelas, Polônia, Alemanha e França.
De acordo com Ministério das Relações Exteriores da China, o seu representante Li Hui e o vice-ministro das relações exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, concordaram que as negociações são a única forma de acabar com os combates na Ucrânia.
A viagem de Li, a segunda desde maio, ocorre no momento em que Kiev procura a participação de Pequim nas conversas sobre cessar-fogo que a Suíça tenta organizar. A China afirma ser neutra na guerra da Rússia contra a Ucrânia, mas mantém laços estreitos com Moscou, com visitas de Estado frequentes e exercícios militares conjuntos entre as duas nações.
(Com informações da AP)
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