Declaração conjunta de 24 países da Celac cobra cessar-fogo imediato em Gaza
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Uma declaração conjunta de 24 países que integram a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) no sábado pede o cessar-fogo imediato em Gaza e também uma "efetiva entrada" de ajuda humanitária para reverter uma situação definida como "catastrófica". O documento, porém, não foi assinado por todos os 33 membros da Celac, e não recebeu o aval de países como Argentina, Uruguai e Equador.
O texto foi assinado pelo chefes de Estado e de Governo de Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Cuba, Chile, Dominica, República Dominicana, Granada, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago e República Bolivariana da Venezuela, segundo um comunicado do Planalto. Todos estiveram reunidos na última sexta, 1º, em São Vicente e Granadinas durante a VIII Cúpula da Celac, criada no México em 2010 e que teve sua primeira cúpula no Brasil em 2018.
"Deploramos o assassinato de civis israelenses e palestinos, incluindo os cerca de 30.000 palestinos mortos desde o início da incursão de Israel em Gaza, e manifestamos profunda preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e com o sofrimento da população civil palestina", indica o primeiro dos seis tópicos listados no documento, segundo o comunicado.
A declaração cita ainda casos em curso na Corte Internacional de Justiça para determinar se a ocupação continuada do Estado da Palestina por Israel constitui violação do direito internacional e se o ataque de Israel a Gaza constituiria genocídio.
Os países também enfatizam a exigência de libertação imediata e incondicional de todos os reféns, e reiteram a solução de dois Estados, Israel e Palestina, "vivendo lado a lado dentro de fronteiras seguras e reconhecidas".
Durante seu discurso na Cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva argumentou que a "tragédia humanitária em Gaza requer de todos a capacidade de dizer um basta para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino", segundo o comunicado do Planalto.
"A indiferença da comunidade internacional é chocante. Quero aproveitar a presença do secretário-geral da ONU para propor uma moção pelo fim imediato desse genocídio. Peço aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que deixem de lados suas diferenças e ponham fim a essa matança", disse Lula.
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