X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Internacional

Brasil decide expulsar embaixadora da Nicarágua em retaliação a Ortega


Ouvir

Escute essa reportagem

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nesta quinta-feira, 8, expulsar a embaixadora da Nicarágua, Fulvia Patricia Castro Matu. A decisão foi uma resposta à ordem da ditadura de Daniel Ortega de mandar embora do país o embaixador brasileiro em Manágua, Breno Souza da Costa.

A expulsão da embaixadora da Nicarágua foi anunciada após reunião entre Lula e o chanceler, Mauro Vieira. Fulvia Matu recebeu a aceitação do Itamaraty em 22 de maio, mas não chegou a ser recebida pelo presidente brasileiro. Ela ainda estava na fila quando a crise começou. Por enquanto, não há planos de rompimento de relações diplomáticas.

A ordem de Ortega para expulsar o embaixador brasileiro, que se tornou pública ontem, foi uma retaliação pela ausência de Souza da Costa na celebração dos 45 anos da Revolução Sandinista. Ao ser notificado sobre a queixa, o governo brasileiro chegou a pedir à Nicarágua que ponderasse, mas ficou sem resposta.

Afastamento

O gesto de expulsar embaixadores, algo grave na diplomacia, marca o distanciamento entre Lula e Ortega. O presidente brasileiro tem com o ditador uma relação de longa data, mas tensionada pela perseguição a líderes católicos na Nicarágua.

Dois momentos foram cruciais para desgastar a amizade: a expulsão de opositores nicaraguenses que o Brasil se ofereceu para abrigar, após os protestos de 2018, e a prisão do bispo Rolando Álvarez, condenado a 16 anos por se recusar a deixar o país - ele cumpre pena em regime domiciliar. Lula disse há pouco mais de duas semanas que Ortega não atende às suas ligações desde que ele se propôs a interceder pela liberação do bispo, a pedido do papa Francisco.

O acirramento da tensão com a Nicarágua ocorre no momento em que o Brasil tenta se posicionar como mediador diante de outro regime autoritário de esquerda, o de Nicolás Maduro, na Venezuela. As duas crises têm relação entre si, já que Ortega é aliado de primeira hora do chavismo - a Nicarágua foi um dos primeiros países a reconhecer a vitória do ditador na eleição do dia 28.

"É preciso analisar essa situação muito em paralelo com o que está acontecendo na Venezuela", afirma Daniel Buarque, doutor em relações internacionais e editor executivo do portal Interesse Nacional. Segundo ele, o eventual rompimento das relações da Nicarágua com o Brasil e a tensão que se segue após a reeleição fraudulenta de Maduro evidenciam a radicalização desses dois regimes - o que representa um desafio, mas também uma oportunidade para o governo brasileiro.

Liderança

"É uma chance de Lula adotar uma posição menos leniente com esses governos autoritários de esquerda, de demonstrar que vai defender a democracia e não pretende aceitar governos autoritários apenas por questões ideológicas", afirma Buarque.

Ao mesmo tempo, segundo ele, as relações com esses países são importantes para o Brasil se posicionar como líder na América Latina, como almeja o presidente Lula. "Fica mais difícil propor saídas para o autoritarismo agora que esses países estão mais hostis à presença do Brasil, mas esse é um desafio que o País tem de enfrentar sem ser leniente."

"Não adianta querer ser um líder global que respeita a soberania dos países e abraçar ditador como se estivesse tudo bem, porque não está", continua. "É a oportunidade de ter uma relação mais formal, que consiga pressionar esses países sem partir da simpatia ideológica."

Países querem que CNE divulgue atas na Venezuela

Brasil, Colômbia e México defenderam ontem, em comunicado conjunto, que as atas de votação da eleição da Venezuela do dia 28 sejam divulgadas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e não pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

Ao cobrar pela divulgação das atas, o comunicado faz referência à ação movida por Nicolás Maduro no TSJ, totalmente controlado pelo chavismo, para certificar a eleição.

Este é o segundo comunicado conjunto sobre a crise emitido pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva, Gustavo Petro e Andrés Manuel López Obrador. Os presidentes, todos de esquerda e próximos a Maduro, têm buscado promover o diálogo, apesar da falta de cooperação do chavismo, que se recusa a mostrar as atas de votação.

Enquanto Brasil, Colômbia e México seguem sem reconhecer os resultados e esperam uma resposta das instituições venezuelanas, outros países da região e os EUA e reconheceram a vitória da oposição.

Na nota, Brasil, Colômbia e México defenderam que as forças de segurança devem garantir o direito a manifestações democráticas "dentro dos limites da lei". Os protestos contra o resultado das eleições deixaram ao menos 24 mortos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: