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Internacional

Ataque a tiros em frente a balada em Nova Iorque deixa dez feridos

Estados Unidos começa o ano em clima de violência


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Imagem ilustrativa da imagem Ataque a tiros em frente a balada em Nova Iorque deixa dez feridos
|  Foto: Reprodução/X

Dez pessoas ficaram feridas na noite de quarta (1º) em um tiroteio em frente a uma casa noturna em Nova York. Trata-se do terceiro caso com várias vítimas no mesmo dia nos Estados Unidos, o que sinaliza um início de ano de violência e comoção pouco antes de Donald Trump tomar posse como presidente.

O ataque a tiros em Nova York foi feito por um grupo de homens contra uma multidão. As vítimas incluem seis mulheres e quatro homens, que não correm risco de morte, segundo a polícia.

No mesmo dia, um ataque terrorista feito por um veterano do Exército americano matou 15 pessoas e feriu mais de 35 em Nova Orleans, e um carro da Tesla explodiu em frente a um hotel de Trump em Las Vegas, matando um e ferindo outros sete.

As autoridades investigavam uma possível ligação entre esses dois eventos. As semelhanças entre eles chamam a atenção: além de terem acontecido no primeiro dia do ano e em lugares movimentados de cidades turísticas dos EUA, os motoristas nos dois casos eram militares americanos e alugaram carros pelo mesmo aplicativo, chamado Turo.

Entretanto, na tarde desta quinta (2), um porta-voz do FBI, a polícia federal americana, disse em entrevista coletiva que os casos não têm ligação.

O presidente dos EUA, Joe Biden, fez um pronunciamento sobre os casos e disse que a polícia investigava uma possível conexão. Antes disso, o democrata havia telefonado para a prefeita de Nova Orleans e prometido "todo o apoio do governo federal" às autoridades locais.

Faltando menos de 20 dias para a posse de Trump, as reações do presidente eleito chamaram mais atenção do que as do democrata. O republicano disse que seu futuro governo "apoiará completamente a cidade de Nova Orleans enquanto se recupera desse ato de maldade pura" e relacionou o ocorrido à imigração ilegal —embora o autor do atentado tenha sido identificado como um cidadão americano.

"Quando eu disse que criminosos entrando no nosso país são muito piores do que os criminosos que já estão aqui, o Partido Democrata e a mídia fake news refutaram essa frase constantemente, mas acontece que ela é verdadeira", escreveu Trump.

O agressor em Nova Orleans era um cidadão de 42 anos, nascido no Texas, e que serviu o Exército dos EUA por 13 anos, incluindo um período no Afeganistão. Segundo o FBI, ele carregava consigo uma bandeira do Estado Islâmico e se inspirou no grupo terrorista para cometer o atentado.

A reação de Trump ao caso dá o tom do que esperar em ocorrências parecidas nos próximos quatro anos. Enquanto a resposta de Biden, em especial em relação a ataques a tiros contra escolas, era a de pressionar o Congresso para aprovar leis de controle de armas, a de Trump deve seguir o roteiro visto nesta terça: uma declaração desconectada dos fatos e utilizada para promover os objetivos políticos do presidente.

Em Las Vegas, chamaram a atenção tanto o fato de a explosão ocorrer em frente a um hotel com o nome do presidente eleito, quanto o fato de o carro alugado ter sido um Cybertruck, veículo projetado pela fabricante Tesla, do bilionário Elon Musk.

O empresário, além de ser o homem mais rico do mundo, tornou-se uma das pessoas mais próximas de Trump depois que utilizou sua fortuna, conexões com a elite financeira e da tecnologia dos EUA e controle da rede social X para ajudar a eleger o republicano à Casa Branca. Estima-se que Musk tenha gasto cerca de US$ 250 milhões, ou R$ 1,5 bilhão, em doações para a máquina partidária de Trump.

Após a vitória do republicano, o investimento de Musk deu retorno: além de conseguir um cargo no governo, responsável por sugerir cortes de gastos, a influência do bilionário nas escolhas para cargos-chave e demais decisões de Trump como presidente eleito se mostrou maior até do que previam analistas que identificaram o alinhamento do empresário com o universo trumpista muito antes das eleições.

Em meio a todo esse contexto, o carro que explodiu em Las Vegas, o Cybertruck, tornou-se ele próprio símbolo da guerra cultural fomentada por Musk na sua rede social.

Com um design futurista e ênfase na resistência do material utilizado, o bilionário promoveu o Cybertruck como uma espécie de símbolo da direita trumpista: há um sem-número de vídeos virais de influenciadores desse campo político mostrando o veículo resistindo a tiros e disputando corrida com carros de luxo.

Do lado oposto, críticos de Musk e Trump divulgam imagens do carro apresentando falhas elétricas, trancando motoristas para fora, parando de funcionar no frio ou no calor, e destacando como suas características colocam pessoas em perigo.

O próprio Musk dobrou a aposta depois da explosão —que ele trata como "um possível ato de terrorismo". Em uma publicação no X, o bilionário afirmou que o suposto autor do que chamou de atentado "escolheu o carro errado para um ataque terrorista". "O Cybertruck conteve a explosão e dirigiu o impacto para o alto. Nem mesmo as portas de vidro do hotel foram quebradas", disse, a despeito da morte e das sete pessoas feridas.

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