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Internacional

Asilados em embaixada em Caracas pedem intervenção de Lula para sair da Venezuela

Neste momento, Argentina e Brasil tentam, via Organização dos Estados Americanos (OEA) um salvo-conduto para eles saírem da Venezuela sem serem presos


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Confinados há nove meses na embaixada argentina em Caracas, seis opositores venezuelanos pedem a intervenção do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para deixar o país. Neste momento, Argentina e Brasil tentam, via Organização dos Estados Americanos (OEA) um salvo-conduto para eles saírem da Venezuela sem serem presos.

Os seis são colaboradores da líder opositora María Corina Machado e são acusados pelo regime de Maduro de terrorismo.

O Brasil vem administrando o edifício da embaixada argentina desde que o corpo diplomático do país vizinho foi expulso de Caracas, em 1º de agosto, após o presidente Javier Milei rejeitar o resultado da eleição do dia 28 de julho.

A oposição venezuelana reivindica a vitória no pleito após apresentar registros eleitorais que demonstram a derrota de Maduro.

Já o ditador se recusa a deixar o cargo e afirma que a autoridade eleitoral venezuelana declarou a sua vitória, mas nunca apresentou as atas eleitorais que comprovariam o resultado.

O governo Lula não reconhece a vitória de Maduro, nem a do candidato opositor Edmundo González e defendeu que a Venezuela apresentasse os registros eleitorais que comprovariam a reeleição do chavista.

Em uma entrevista em setembro, Lula sugeriu que fossem convocadas novas eleições para dirimir o impasse, o que é rejeitado tanto pelos aliados de Maduro quanto pela oposição.

Em entrevista concedida desde a embaixada argentina em Caracas a dezenas de jornalistas argentinos e brasileiros por teleconferência, Magalli Meda, chefe de campanha de María Corina, pediu que Lula e Milei intervenham para garantir "justiça sobre um direito internacional". "Pedir diretamente a Lula e a Milei que isso não é outra coisa senão fazer justiça sobre um direito internacional, a gestão imediata para que se negocie um salvo-conduto de saída", afirmou. "Já são nove meses, o que tinha que acontecer (a eleição) já passou. Uma pessoa pode dizer que somos reféns, então, é hora de começar o processo de negociação natural em uma situação como essa."

Pedro Urruchurtu, coordenador internacional do partido Vente Venezuela, que representou a oposição na eleição, pediu urgência ao presidente brasileiro. "O Brasil, assim como a Argentina, tem que assumir a urgência do caso, entendendo que é uma situação que em qualquer país do mundo é inaceitável por desrespeitar a Convenção de Viena e tudo o que isso significa", afirmou. "Ao Brasil pedir mais sentido de urgência e que redobre esforços e coordenação com os países da região e entender que essa situação claramente pode piorar e demandar a atenção de toda a região."

O novo mandato presidencial começa em 10 de janeiro e Edmundo González afirmou, em entrevista ao jornal espanhol El País que retornará ao país para a data, com o propósito de assumir a presidência.

A relação entre Lula e Maduro se deteriorou nos últimos meses após o Brasil vetar a entrada da Venezuela nos Brics.

Urruchurtu agradeceu a ajuda brasileira e disse que Lula é um democrata - o PT, por sua vez, reconheceu a vitória de Maduro e vem apoiando o regime do ditador.

"Agradecemos o fato de que o Brasil tenha tomado a decisão de representar os interesses argentinos e se mantido firme apesar da exigência do regime (de Maduro) de deixar essa representação. Manter a sua bandeira içada aqui é uma mensagem muito significativa no que diz respeito à nossa proteção", disse Urruchurtu. "Lula é um democrata, sabemos que manifestou sua preocupação com a Venezuela, que entende perfeitamente o que está acontecendo. É um tema com o qual a diplomacia brasileira se preocupa e está monitorando. É um tema que tem custado ao Brasil porque evidentemente é um cenário complexo, em que há que cuidar da relação entre os países, mas ao mesmo tempo tem essa situação de emergência."

Opositores enfrentam falta de energia e vigilância por drones

Os seis opositores estão confinados desde março na embaixada argentina e permaneceram mesmo após a expulsão dos diplomatas argentinos. Na sexta-feira, 13, o governo argentino denunciou, pelas redes sociais, que um funcionário local e um policial argentino que trabalhavam na embaixada foram detidos pelo regime de Maduro.

Durante a entrevista, Magali, Pedro e Omar González, ex-deputado e dirigente do Vente Venezuela, contaram como tem sido a sua rotina. Há três semanas, disse Magali, o serviço de eletricidade está cortado - a embaixada tem um gerador de luz.

Todas as entradas de alimentos e remédios são revistadas e fotografadas. Os seis se revezam na tarefa de administrar a chegada de produtos essenciais, cujo consumo é limitado, se exercitam e mantêm contato à distância com familiares e apoiadores.

Há meses, diz Omar González, que tem 74 anos, familiares não podem entrar na propriedade.

Ele lamenta que deverá passar o Natal longe da mulher, filhos e netos. O político descreveu que militares encapuzados com armas de grosso calibre fazem a vigilância de terrenos vizinhos e usam drones, a toda hora para vigiar a propriedade, no que disseram ser uma escalada de assédio e violência.

"A situação é de alto risco, não sei se vamos conseguir falar nos próximos dias. Tudo se complicou nos últimos dias. Temos nove meses aqui e as condições são cada vez mais complexas", disse Magali.

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