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Coronavírus

Estudantes da área de saúde já podem ser vacinados contra Covid?


Uma conversa num grupo de WhatsApp de estudantes de Medicina de uma faculdade particular na Grande Vitória viralizou e gerou discussão nas redes sociais.

Nela, um dos estudantes alerta os colegas - todos ainda no primeiro ano de curso - de que teria vaga para vacina contra o novo coronavírus em Cariacica, mas que seriam poucas. Ele então ensina o passo a passo do agendamento, como a apresentação da documentação da faculdade.

Imagem ilustrativa da imagem Estudantes da área de saúde já podem ser vacinados contra Covid?
Vacinação de estudantes da área de saúde gera polêmica |  Foto: Reprodução/Whatsapp

“Abriu vaga para vacina aqui em Cariacica. Quem se interessar, tem em Santa Fé e Rio Marinho. Na hora de fazer o agendamento coloca 'trabalhador de saúde' e grupo de prioridade sim. Tem que levar o documento que a (faculdade) tá entregando na coordenação. Junto com foto e CPF”.

Em outra mensagem, ele diz: “Recomendo marcar rápido porque a galera da Ufes descobriu já e tá acabando os horários”.

Nos grupos de WhatsApp e redes sociais onde os prints da conversa foram compartilhados, internautas questionaram o motivo de estudantes - jovens e ainda em início de curso - terem prioridade na vacinação contra a Covid-19. Houve reação negativa. “Triste demais isso”, disse um internauta que aguarda sua vez de vacinar. A conversa entre os estudantes teria ocorrido na quarta-feira (10).

Em contato com a reportagem, um dos estudantes de Medicina da mesma faculdade informou que a turma faz uma aula presencial a cada duas semanas, numa unidade de saúde, e não é obrigatória.

Imagem ilustrativa da imagem Estudantes da área de saúde já podem ser vacinados contra Covid?
Vacinação de estudantes da área de saúde gera polêmica |  Foto: Reprodução/Whatsapp

A vacinação de estudantes, porém, não é ilegal, desde que façam estágio hospitalar. De acordo com a resolução CIB 013/2021 da Secretaria de Estado da Saúde, publicada no Diário Oficial de quarta-feira (10) com base no Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a Covid-19, “a vacina também será ofertada para acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica em saúde em estágio hospitalar, atenção básica, clínicas e laboratórios”.

A resolução também diz que “como documento comprobatório para vacinação dos profissionais/trabalhadores da saúde deverá ser apresentado um dos documentos: crachá, contracheque, contrato de trabalho, carteira de trabalho, carteira do conselho de classe".

E completa: "No caso dos acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica em saúde em estágio hospitalar, atenção básica, clínicas e laboratórios, deverá ser apresentada declaração emitida pela coordenação do curso descrevendo o período e o local onde será o estágio”.

O que diz a faculdade

Questionada se alunos do início do curso teriam direito à vacina, assim como sobre o documento disponibilizado pela faculdade, a assessoria da instituição de ensino enviou nota afirmando que “os discentes de medicina receberam declaração que consta período que está cursando e a Unidade de Saúde que atua como campo de estágio”.

Disse ainda que segue a orientação de que “a vacina também será ofertada para acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica em saúde em estágio hospitalar, atenção básica, clínicas e laboratórios”.

A faculdade ainda complementou: "Os discentes do curso de medicina são inseridos precocemente nas Unidades de Saúde seguindo as diretrizes do Ministério da Educação (MEC), que estimula e cobra da Instituição essa vivência em campos de estágios desde o início da graduação. No caso da faculdade, a disciplina Medicina e Comunidade II, com carga horária de 80 horas, é obrigatória na matriz curricular. Os discentes, ao frequentarem as Unidades de Saúde, ficam expostos e colocam em risco toda comunidade. É necessário que haja um responsabilidade coletiva. Por esse motivo, há a orientação de que também sejam imunizados, o que consta também no Manual do Ministério da Saúde".

Imagem ilustrativa da imagem Estudantes da área de saúde já podem ser vacinados contra Covid?
Vacinação de estudantes da área de saúde gera polêmica |  Foto: Reprodução/Whatsapp
Prefeitura vai priorizar estudantes que atuam contra a Covid

A Secretaria Municipal de Cariacica (Semus) informou que, "apesar da previsão de vacinação para acadêmicos que estão em atividade nos campos de prática assistenciais no município, devido à restrição de doses disponibilizadas até o momento, serão priorizados os estudantes que atuam na linha de frente ao combate à Covid-19".

A pasta também acrescentou que as "instituições de ensino técnico e superior que utilizam as unidades de saúde de Cariacica como campo de estágio deverão protocolar a demanda de vacinação de acadêmicos junto à Semus, para que seja pactuado a quantidade, data e local do agendamento, que ocorrerá conforme disponibilidade de doses e atendimento do grupo prioritário".

Caso o aluno compareça ao local de vacinação disponibilizado no agendamento on-line, portando a declaração do estabelecimento de ensino superior, a secretaria declarou que o documento não terá validade para a imunização. "Somente os alunos agendados pela instituição de ensino serão vacinados pela Semus", completou. O município informa ainda que possui vacina suficiente para atender os idosos, conforme definido pela Sesa.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) também foi procurada e informou que ainda não tem conhecimento do caso citado, e que denúncias podem ser feitas por meio da Ouvidoria Estadual do SUS. Ressalta que o público-alvo a ser vacinado nesta primeira fase está descrito na Resolução CIB nº 013/2021 (https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Coronav%C3%ADrus/diario_oficial_2021-02-10_completo-13.pdf), sendo a estratégia de vacinação de responsabilidade dos municípios.

Ministério Público quer mudanças

Na manhã desta quinta-feira (11), o Ministério Público do Estado divulgou que notificou o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, e a presidente do Colegiado das Secretarias Municipais de Saúde do Espírito Santo (COSEMS-ES), Cátia Lisboa, para que revoguem ou alterem, imediatamente, o disposto no art. 3º, da Resolução CIB nº 013, que é o trecho que trata do documento comprobatório para a imunização dos profissionais de saúde.

Para o MP-ES, a apresentação isolada ou conjunta dos documentos pedidos, por si só, não comprova a vinculação ativa do trabalhador com o serviço de saúde. Essa vinculação deve constar para que esses trabalhadores possam ser contemplados na lista de prioridades para recebimento das doses da vacina contra a Covid-19. A notificação é recomendatória e dá prazo de 24h para que Nésio e Cátia retornem sobre as medidas adotadas.

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