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Esportes

Veterana é bicampeã mundial de bodyboarding no ES

Carioca Mariana Nogueira conquistou pelo 2º ano seguido o título da categoria master no ArcelorMittal Wahine Bodyboarding


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Imagem ilustrativa da imagem Veterana é bicampeã mundial de bodyboarding no ES
Mariana Nogueira, de 51 anos, foi festejada pelo bicampeonato pela irmã, Isabela Nogueira, e por outras atletas |  Foto: Heytor Gonçalves / AT

Pelo segundo ano consecutivo, as ondas da Praia do Solemar, em Jacaraípe, na Serra, tem dona. Atleta há quase 40 anos, Mariana Nogueira, de 51, conquistou o bicampeonato mundial no Estado, na categoria master no ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro 2023.

Na  decisão, ela derrotou a portuguesa Catarina Sousa e foi ovacionada pela irmã Isabela Nogueira, também competidora de bodyboarding, pelas  amigas e por outras atletas que estiveram presentes no local acompanhando a etapa até o final.

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“O mais importante do início da caminhada até a decisão, foi que eu estava feliz, estava bem. Não fiquei preocupada com o título, mas sim em estar com as minhas amigas. De qualquer forma, a torcida fez a diferença”, revela a bicampeã mundial.

Mariana Nogueira é bodyboarder há 38 anos, iniciando a sua trajetória em 1985. Ela é tricampeã mundial da modalidade, conquistando em 1992, 1995 e 1998 na categoria Pro e agora soma outros dois mundiais na Master,  conquistados em ondas capixabas.

“Ser bicampeã é muito legal, ainda mais que eu não esperava por essa conquista. Neste ano, tinham meninas que competem também na categoria Pro, então vim bem humilde, mais para me divertir, e isso me deixou mais calma nas provas”, revela Mariana.

Na categoria Pro, a final foi disputada entre duas atletas do Japão. Quem levou a melhor foi Sari Ohhara, campeã mundial em 2019, que derrotou a compatriota Namika Yamashita.

Muito feliz, Sari afirma que teve muito trabalho para conquistar essa primeira etapa do Circuito Mundial da modalidade, largando na frente em busca do bimundial.

“Significou muito para mim. No ano passado, eu fiz um ótimo trabalho, venci duas vezes, peguei alguns pódios, mas não consegui o título mundial. Então eu vi que algo precisava ser consertado. Treinei pesado para esse primeiro evento do ano e tudo deu certo demais”.

Para o gerente de comunicação e relações institucionais da ArcelorMittal, Bernardo Enne Correa da Silva, o Wahine Bodyboarding Pro, foi um sucesso.

“Acho que ele ajuda a colocar a Serra de forma definitiva no Circuito Mundial de Bodyboarding. A gente viu claramente como ajudamos a promover o esporte, o respeito ao mar, as questões ambientais e, claro, o empoderamento feminino e a diversidade”.

Assista a reportagem produzida pela TV Tribuna/SBT

“Podemos fazer, sim, um circuito só de mulheres”, diz Mariana Nogueira

A Tribuna - Quando você iniciou a sua trajetória?

Mariana - São 38 anos no esporte. Comecei em 1985, minha irmã (Isabela Nogueira) descobriu a prancha de bodyboarding, pediu para o meu pai e eu roubava a prancha dela. Fui começando tendo ela como inspiração, até hoje é assim. Eu não estaria aqui se não fosse ela e a Neymara.

Como era competir lá no início da sua carreira?

No início, a gente competia com homens. Na Austrália, por exemplo, era assim. Depois a categoria começou a crescer e a gente conseguiu ganhar espaço.

No Brasil, sempre foi difícil conseguir patrocínio, mas teve uma época em que o esporte teve patrocínios multinacionais, no circuito brasileiro entre as décadas de 80 e 90. Mas não sei porque não conseguimos manter isso, o esporte ficou um tempo sem força. Com o circuito mundial, isso começou a voltar. 

Como é para você participar de um circuito 100% feminino?

O mais importante é mostrar que podemos fazer, sim, um circuito só de mulheres. Nós temos uma força muito grande e o diferencial é esse, ter uma competição que uma torce pela outra, com todas competindo bem, com várias idades, desde o iniciante, até mulheres que competem há 40 anos.

Sobre o bicampeonato, qual foi o fator decisivo para vencer?

A experiência fez a diferença. São muitos anos pegando onda, competi muitos anos. Está dentro de mim, não consigo perder. Levo para a minha vida, até fora da água. Tem momentos que ficamos ansiosos e conseguimos controlar isso. Neste ano, tinham meninas que competem também na categoria Pro, então vim bem humilde, mais para me divertir, e isso me deixou mais calma nas provas.

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Mariana focada durante a final |  Foto: Heytor Gonçalves / AT

Havaiana vence capixaba e é campeã no pro júnior

A revelação capixaba do bodyboarding, Luna Hardman, foi derrotada na final da categoria pro júnior para a havaiana Aayara Tabalno, após uma prova cheia de emoção, tensão e reviravoltas.

Para Luna, pequenos erros custaram o título na primeira etapa do Circuito Mundial. “A gente sempre lida com a mãe natureza. Eu errei um movimento em uma onda que talvez eu poderia ter somado mais pontos. Faltaram mais oportunidades para tentar virar, mas agora é focar na próxima etapa e, se Deus quiser, vai dar tudo certo até o fim do ano”.

Acima de tudo, a mãe da jovem atleta, Neymara Carvalho, demonstrou orgulho pela filha e ficou na torcida o tempo inteiro.

“É só o começo do circuito, então tem muita onda pela frente para ela dar a volta por cima. Apesar do lado mãe ficar triste, estou feliz pela renovação no esporte, pois esse era o intuito do evento”. 

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Aayara (de branco) foi a campeã |  Foto: Heytor Gonçalves / AT

A campeã da etapa afirma ter enfrentado dificuldades com as ondas e para manter o foco na decisão, mas comemorou muito a vitória.

“É um sonho se tornando realidade. Tive  dificuldades, as ondas estavam um pouco fracas, então tive de adotar uma estratégia para vencer. Enfrentei obstáculos mentais, que me fizeram duvidar de mim, mas tenho pessoas que me incentivam e torcem por mim, para que eu desse o meu melhor”.

Neymara confirma 3ª edição da etapa em 2024 no ES

Após a prova final da categoria pro júnior, na qual a sua filha Luna Hardman competiu, a pentacampeã mundial de bodyboarding, Neymara Carvalho, confirmou que pretende trazer o ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro para o Espírito Santo em 2024.

Neymara afirma que a competição cumpriu com o seu objetivo de mostrar a renovação da modalidade feminina e espera que mais jovens atletas possam se tornar profissionais.

Imagem ilustrativa da imagem Veterana é bicampeã mundial de bodyboarding no ES
Neymara com campeãs da master |  Foto: Heytor Gonçalves / AT

Para a pentacampeã, o ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro  veio para se consolidar no Estado.

“Eu confirmo a edição da etapa do Circuito Mundial no Espírito Santo em 2024, pois é um evento que veio para se estabelecer como maior evento da categoria feminina no mundo. Tenho orgulho de trabalhar em prol do esporte e estar ainda competindo. É mais um capítulo da minha história como atleta e agora como gestora”.

Perguntada sobre as novidades, ela acredita que a categoria pro júnior foi um ponto ápice do circuito. Além disso, ela pretende atuar para motivar as atletas da categoria Pessoas Com Deficiência (PCD) no Brasil inteiro para competir.

“Após esse campeonato, quero ouvir as opiniões das atletas, mas já tenho o retorno delas com relação a um espaço kids, justamente por conta da bateria onde estão mães e filhas, para elas ficarem confortáveis e se concentrarem para a bateria na água”, completou.

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- |  Foto: Rede Tribuna

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