Remador capixaba de 86 anos vira inspiração
Zelindo Bolsanello começou a praticar a canoa havaiana após um tratamento contra o câncer e já coleciona títulos
A canoa havaiana é uma das modalidades de remo mais tradicionais do Espírito Santo e, em meio a tanta tradição, há sempre espaço para personagens inspiradores — como é o caso de Zelindo Bolsanello, de 86 anos.
O empresário capixaba começou a remar há cinco anos, após passar por um tratamento contra o câncer que o deixou debilitado. Então, incentivado pelo filho Fernando Bolsanello, ele topou o desafio de conhecer mais do remo.
“Ele é meu filho, mas também somos amigos. Ele chamou e fui. Remei a primeira vez, a segunda... e não parei mais”, contou seu Bolsanello, que acrescentou:
“Lá no Vitória Va'a, onde treino, sou quase o garoto-propaganda. Vocês faz muitas amizades no remo, além disso, está sempre em contato com a natureza e o remo faz muito bem para a saúde”, disse.
O esporte faz tão bem para o empresário que, de acordo com seu filho Fernando, é possível que o remo tenha salvado a vida de seu pai durante a pandemia.
“Ele ficou 22 dias internado com Covid. Em um momento, os médicos chamaram a família para se despedir porque a situação não estava boa. Pouco depois ele começou a se recuperar. Os médicos disseram que a bactéria atacou primeiro os músculos, o que deu tempo para os remédios fazerem efeito”, revelou Fernando.
Em meio a sua trajetória no remo, Zelindo Bolsanello já chegou a outro patamar e começou a participar de competições, se consagrando campeão brasileiro na categoria Gold Master, além do 3º lugar no Vitória Sprint de OC2 com o seu filho Fernando.
“Eu indico o remo para todo mundo. Acho que o remo é o melhor esporte que existe. Além das amizades e do contato com a natureza, faz muito bem para a saúde. Qualquer pessoa pode tentar, basta ter vontade e disciplina”, afirmou ele, que está buscando uma vaga para participar do Pan-americano de canoa havaiana, que vai acontecer em novembro, em mar capixaba.
“Estamos caçando uma vaga para ele. Se conseguirmos, ele vai participar. E, se participar, as chances de ganhar são grandes”, finalizou Fernando.
"Remei a primeira vez e não parei mais. Além das amizades e do contato com a natureza, faz bem para a saúde”
Zelindo Bolsanello, de 86 anos
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