Regra olímpica coloca tenistas sem pontos no ranking em quadra e causa estranheza
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O torneio olímpico de tênis tem algumas particularidades que geram descontentamento nos jogadores acostumados com o circuito mundial. Isso ficou claro nos Jogos de Paris-2024.
Após o sorteio da chave, houve desistências e, de acordo com o regulamento da Federação Internacional de Tênis, especialistas de duplas, que sequer têm pontos no ranking de simples, entram na disputa. Em Paris, foi a primeira vez desde que o tênis voltou ao programa olímpico, nos Jogos de Seul-1988, que foram necessárias três substituições.
Com isso entraram na chave de simples, o australiano Matthew Ebden, o português Francisco Cabral e o grego Pietros Tsitsipas, irmão de Stéfanos. Apesar de ser ex-número um em duplas e atualmente estar no terceiro posto no ranking, Ebden não teve chances na estreia em simples, quando enfrentou o sérvio Novak Djokovic, e conseguiu vencer apenas um game.
"Não entendo muito bem como entra um especialista em duplas como Ebden, que joga exclusivamente duplas há dois anos, e não um jogador de simples que tem tempo de chegar a Paris", afirmou Djokovic, que marcou 6/0 e 6/1 em menos de uma hora.
O espanhol Carlos Alcaraz também se manifestou contra a regra. "Há muitos jogadores que merecem estar aqui e disputar os Jogos Olímpicos. Acho que deveria ser diferente, porque o próximo tenista (no ranking) merece estar aqui caso alguém desista do torneio", disse o espanhol.
Em eventos no circuito, quando acontecem desistências de última hora, são acionados os "lucky-losers" (perdedores sortudos), tenistas com melhores rankings que foram derrotados na última rodada do qualificatório.
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