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Olimpíadas

Nadadora brasileira se pronuncia após expulsão e aponta denúncia de assédio

Ana Carolina Vieira foi expulsa das Olimpíadas pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB)


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Imagem ilustrativa da imagem Nadadora brasileira se pronuncia após expulsão e aponta denúncia de assédio
Ana Carolina Vieira foi expulsa das Olimpíadas |  Foto: Reprodução Instagram / _anavieeiraa

A nadadora brasileira Ana Carolina Vieira, expulsa da Olimpíada de Paris-2024 pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) por indisciplina, desabafou sobre a situação em seu perfil no Instagram na noite deste domingo.

Em seus stories, a atleta gravou alguns vídeos falando sobre o episódio e afirmou que provaria que "não teve má conduta" nos Jogos Olímpicos. Além disso, a esportista também revelou que já fez uma denúncia de assédio sexual na seleção brasileira para o órgão esportivo brasileiro. Segundo ela, sua queixa foi ignorada. Procurado pelo Estadão, o COB não se manifestou sobre a denúncia.

Ela afirma que os vídeos foram gravados em um aeroporto em Portugal. "Passando para agradecer as mensagens de carinho. Não consegui contato com ninguém desde o momento em que saí da sala em que anunciaram que eu estava fora (das Olimpíadas) por má conduta. Graças a Deus, eu vou provar que não tive má conduta nenhuma", afirmou a nadadora. "A partir do momento que saí da sala, minha cara já estava em todas as páginas possíveis."

A nadadora afirma que foi acompanhada por uma moça depois do anúncio de sua saída, mas não esclarece de quem se tratava exatamente. Ela afirmou ainda que pediu para ser ouvida por um psiquiatra, mas que o pedido foi negado.

"Saí de lá (da Vila Olímpica), deixei meus materiais, não sabia o que fazer. Minhas coisas estão lá, fui para o aeroporto de shorts (...). Estou em Portugal, vou para Recife e depois para São Paulo. Estou desamparada."

Ainda conforme a nadadora, a funcionária que a acompanhou disse para a esportista entrar em contato com os canais do COB sobre suas alegações. "Mas como eu vou falar com o COB? Já fiz uma denúncia de assédio dentro da seleção e nada foi resolvido", revelou.

A brasileira disse que conversará com os seus advogados e voltará a abordar o tema. Ela não especifica a natureza de assédio que alega ter sido vítima. "Estou bem, estou triste, mas estou com o coração em paz. Sei quem eu sou, sei do meu caráter, sei da minha índole e é isso que me conforta. Espero ainda poder defender a natação brasileira feminina, só peço tempo e um pouco de paciência", finalizou.

ENTENDA O CASO

A nadadora Ana Carolina Vieira foi expulsa pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) após cometer um ato de indisciplina durante os Jogos Olímpicos de Paris. A situação aconteceu na sexta-feira, dia da Cerimônia de Abertura do evento.

De acordo com o comitê, Ana Carolina saiu da Vila Olímpica sem autorização ao lado do namorado Gabriel Santos, que também integra o time de natação do Brasil. Além disso, a atleta contestou de forma agressiva mudanças feitas no revezamento da prova 4x100 metros livre, realizados na manhã de sábado (no Brasil). As ações foram determinantes para seu desligamento da equipe.

Essa era a segunda Olimpíada da atleta de 22 anos, que é natural da cidade de São Paulo e atleta do Esporte Clube Pinheiros, uma das equipes mais tradicionais nos esportes olímpicos do País. Em Tóquio, em 2021, ela também participou do revezamento 4x100 metros livre feminino. Naquela ocasião, o Brasil ficou em 12º e não conseguiu vaga para as finais da categoria.

Esta não foi a primeira vez que Ana Carolina Vieira se envolveu em confusão durante uma competição. Em junho do ano passado, ela chegou às vias de fato com a também nadadora Jhennifer Alves durante o Troféu Brasil de Natação, disputado no Recife. Jhennifer, que havia conquistado a medalha de ouro nos 100m peito, prova na qual Ana Carolina foi bronze, teria trocado provocações com a companheira de profissão, que, segundo os relatos, a agrediu na sequência.

Após trocarem tapas e arranhões, elas registraram o caso na delegacia de Boa Viagem. Na ocasião, as atletas acabaram não sendo punidas pela organização do Troféu Brasil. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da modalidade também chegou a analisar o caso.

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