Libertadores e Sul-Americana: Quem se saiu melhor nos sorteios?
Especialistas opinam sobre o nível de dificuldade que os clubes brasileiros terão nos torneios sul-americanos
Escute essa reportagem

A Conmebol sorteou, na última segunda-feira, os grupos da edição deste ano da Libertadores e, com isso, os brasileiros conheceram seus adversários na fase de grupos. Qual deles terá a tarefa mais difícil para se classificar? E quem terá a pior logística?
O Brasil tem, ao todo, sete clubes na disputa: Bahia, Botafogo, Flamengo, Fortaleza, Internacional, Palmeiras e São Paulo e, cada um deles terá a sua dificuldade.
Atual campeão, o Botafogo está no Grupo A, ao lado de Estudiantes (ARG), Universidad de Chile e Carabobo (VEN). Com adversários tradicionais, o Glorioso percorrerá 18,8 mil quilômetros na fase de grupos.
Ex-jogador e apresentador do Os Donos da Bola RJ, da Band, Getúlio Vargas opinou sobre a chave botafoguense ao longo do programa de ontem .
“Se o Botafogo não se classificar, será uma vergonha. Foram mais de R$ 500 milhões em contratações. John Textor falou que em abril o time já estaria pronto. O Botafogo é o melhor time do grupo e vai atropelar os adversários. Vai passar em primeiro com o pé nas costas’, disse.
Outro time carioca na disputa, o Flamengo é o cabeça de chave do Grupo C, que também conta com a LDU (EQU), o Deportivo Táchira (VEN) e o Central Córdoba (ARG). Com 22 mil quilômetros a serem percorridos, o rubro-negro também enfrentará a altitude de Quito, com 2.850 metros acima do nível do mar.
Ex-capitão e zagueiro do Flamengo, o hoje comentarista da Band, Fernando Santos, afirmou que o time carioca é favorito a se classificar.
“A Libertadores pode ter suas zebras, mas o Flamengo tem total responsabilidade de se classificar no grupo. Se não conseguir, é vergonhoso”, frisou.
Pela primeira vez na história, dois times do Nordeste estão na fase inicial da Libertadores: Fortaleza e Bahia. O Leão do Pici está no Grupo E, ao lado de Racing (ARG), Colo-Colo (CHI) e Atlético Bucaramanga (COL) e será o time do Brasil que mais viajará: 25 mil quilômetros.
O Esquadrão de Aço, por sua vez, está no famoso “grupo da morte”, juntamente com Internacional, Nacional (URU) e Atlético Nacional (COL). Esta é a primeira vez, desde 1989, que o clube baiano particpa da Libertadores. O Tricolor, comando por Rogério Ceni, chegou à fase de grupos depois de passar por duas etapas da Pré-Libertadores.
SAIBA MAIS
Distâncias percorridas pelos brasileiros na fase de grupos
Fortaleza - 25.432 km
Flamengo - 22.980 km
Bahia - 19.876 km
Botafogo - 18.888 km
Internacional - 15.630 km
Palmeiras - 13.916 km
São Paulo - 13.030 km
Sete brasileiros na Sul-Americana
Na Sul-Americana, outras sete equipes vão representar o Brasil a partir do próximo mês: Atlético/MG, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Grêmio, Vasco e Vitória/BA.
Entre eles, os que enfrentarão adversários mais tradicionais são Corinthians e Vitória. No Grupo C, o Timão terá a companhia de América de Cali (COL), Huracán (ARG) e Racing (URU). No caso do Leão da Barra, que está no Grupo B, os rivais serão Defensa y Justicia (ARG), Universidad Católica (EQU) e Cerro Largo (URU).
Entre os clubes cariocas, o Fluminense terá que jogar na altitude em duas oportunidades, contra o boliviano San José (3.735 metros) e o colombiano Once Caldas (2.160 metros), além do Unión Española (CHI).
Já o Vasco, que está no Grupo G, busca se reerguer no cenário internacional, e enfrentará o tradicional Lanús (ARG), o Puerto Cabello (VEN) e o Melgar (PER) na fase de grupos.
Ídolo vascaíno, o ex-zagueiro Mauro Galvão avaliou como importante o retorno do clube para uma competição internacional.
“Isso proporciona uma grande bagagem e deixa o time mais experiente. Sempre acreditei que as competições internacionais oferecem uma experiência maior aos jogadores, permitindo que saibam lidar com jogos diferentes, incluindo a arbitragem”, disse.
Com relação a meta do time na competição, Mauro Galvão acredita na classificação, apesar do elenco enxuto.
“O principal objetivo inicial é a classificação. Ficando entre os primeiros na fase de grupos, isso será muito importante. Depois, claro, será preciso saber como administrar a situação, pois o Campeonato Brasileiro também é uma competição difícil. Isso ocorre porque o Vasco tem um elenco não muito grande e com poucas opções de troca. Será necessário fazer escolhas”, analisou.
Veja a live do Tribuna Online sobre o sorteio
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários