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Esportes

Justiça nega habeas corpus a preparador acusado de racismo em Itaquera

Integrante da comissão técnica do Universitario, do Peru, deverá ficar preso durante o término do processo de investigação


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Imagem ilustrativa da imagem Justiça nega habeas corpus a preparador acusado de racismo em Itaquera
Sebastian Vargas foi detido na noite de terça (11) após fazer gestos racistas, imitando um macaco, em direção a torcedores do Corinthians |  Foto: Vitor Chicarolli/Meu Timão/Direitos Reservados

O desembargador Roberto Porto, da 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou nesta quinta-feira (13) o pedido de habeas corpus do preparador físico Sebastian Avellino Vargas, 43, do Universitario, do Peru.

O profissional uruguaio foi preso em flagrante na terça-feira, acusado de racismo durante uma partida contra o Corinthians, em Itaquera, pela Copa Sul-Americana.

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Na quarta-feira, após uma audiência de custódia, Sebastian teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva, portanto, sem tempo determinado. Dessa forma, ele deverá ficar preso durante o término do processo de investigação.

Ao entrar com um pedido de habeas corpus, os advogados dele apontaram que a prisão preventiva seria uma medida "desproporcional, considerando que ele é primário, possui residência física e trabalho lícito".

Em sua decisão, no entanto, o desembargador afirmou que não existem requisitos para a concessão da medida e que não verificou violação à presunção de inocência, "mas sim a presença de fortes indícios de autoria e de periculosidade social, em razão da gravidade concreta da conduta imputada ao paciente".

O magistrado disse, também, que a prisão cautelar se mostra adequada diante da conduta, que gerou grande indignação no meio social.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o preparador físico posicionando-se perante a torcida do Corinthians e, aparentemente, imitando um macaco. "Gestos claros e inequívocos do animal para os torcedores brasileiros", cita o texto da decisão do desembargador. O delito prevê uma pena máxima superior a quatro anos, "o que justifica o decreto da custódia cautelar".

Em nota divulgada na quarta-feira, o Universitario defendeu o profissional e afirmou que a prisão dele é arbitrária.

"A honra de um profissional do nosso clube foi manchada. Sebastian Avellino foi tratado como criminoso no Brasil, passando a noite em uma prisão, o que nós consideramos um ato inadmissível, humilhante e ultrajante", afirmou um trecho do comunicado.

"Repudiamos esse tipo de humilhação por parte das autoridades brasileiras, que pretendem, sem nenhuma prova, realizar prisões arbitrárias", acrescentou o clube.

Pouco depois da partida, ainda na Neo Química Arena, o técnico do Universitario, Jorge Fossati, disse que os gestos de Sebastián "foram mal interpretados", mas acrescentou que "se ele errou, infelizmente vai ter que pagar".

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