Jogadoras tiveram que provar que eram mulheres, denuncia ex-zagueira sueca
Nilla Fischer lançou recentemente uma biografia e um dos capítulos mais polêmicos da publicação deu o que falar às vésperas do Mundial Feminino
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Uma das principais jogadoras de futebol da Suécia, Nilla Fischer lançou recentemente uma biografia e um dos capítulos mais polêmicos da publicação deu o que falar às vésperas do Mundial Feminino da Austrália e da Nova Zelândia. A competição será disputada nos dois países no final de julho.
A ex-zagueira revelou que ela e suas colegas da seleção tiveram que mostrar a genitália a um médico da equipe para provar que eram mulheres durante a Copa do Mundo de 2011 na Alemanha. Nilla, que se despediu do futebol no ano passado, é uma das participantes do Let's Dance 2023, versão sueca da Dança dos Famosos, transmitida pela TV4.
Ela tem se dividido entre os ensaios e competições com as viagens pelo país para o lançamento de "I Didn't Even Say Half Of It" -Eu Nem Disse Metade Disso- em tradução livre. Na publicação, ela detalhou que uma fisioterapeuta conduziu os "exames invasivos" em nome de um médico da equipe.
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"Fomos informados de que não deveríamos raspar 'lá embaixo' nos próximos dias e que mostraríamos nossa genitália ao médico", começou no relato. "Pensamos: 'Por que somos forçados a fazer isso agora? Deve ter outras maneiras de provar o gênero? Devemos recusar? Mas, ao mesmo tempo, ninguém queria arriscar a oportunidade de jogar uma Copa do Mundo. Tem que fazer, não importa o quão doente e humilhante pareça", lembrou a atleta que se aposentou da seleção sueca no ano passado.
Nilla reconheceu que, na época, não ficou muito claro o motivo pelo qual as jogadoras precisavam mostrar suas partes íntimas quando outros tipos de teste poderiam ter sido usados para determinar o gênero por meio do DNA. "Eu entendi o que tinha que fazer e rapidamente abaixei a calça e a calcinha de treino", disse em um dos trechos publicados pelo jornal NY Post.
"O fisioterapeuta acena com a cabeça e diz: 'Sim', e então olha para o médico, que está de costas para a minha porta", descreveu em outro trecho. "Quando todas em nossa equipe são examinadas, ou seja, têm suas vaginas expostas, nosso médico da equipe pode assinar que a seleção sueca de futebol feminino é composta apenas por mulheres".
De acordo ainda com o NY Post, os testes de gênero foram conduzidos após alegações da Nigéria, África do Sul e Gana de que os membros da seleção da Guiné Equatorial incluíam três homens, Genoveva Anonma, Slimata Simpore e Biliguisa Simpore. Mats Börjesson, médico da seleção sueca em 2011, disse na ocasião, que a Fifa teria exigido os exames.
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