X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Esportes

Ginastas do Brasil comemoram bronze por equipes com muita emoção, alegria e alívio


Ouvir

Escute essa reportagem

Envoltas na bandeira do Brasil, saltitantes e sem esconder o sorriso, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Julia Soares e Lorrane dos Santos eram só sorrisos logo após a confirmação do bronze nos Jogos Olímpico de Paris-2024. A medalha só se confirmou após virada na última rotação, no salto, superando Inglaterra, Canadá e China e subindo do sexto para o terceiro lugar. A celebração veio com um misto de emoções das ginastas, em discursos emocionados, choro, alívio e muitos gritos após superação.

Responsável pela nota que garantiu o bronze, Rebeca confessou que estava pressionada e com medo pela necessidade de buscar uma nota tão alta, a melhor do salto, superando os 14,900 da americana Simone Biles, por exemplo.

"Eu estava um pouco nervosa, cansada do solo. Mas é aquilo né, confiança no nosso trabalho não tem o que discutir. Eu fui lá e sabia o que tinha que fazer", comemorou. "Confiar na nossa equipe e nosso trabalho faz toda a diferença. Foi daí que saiu o 15,100", seguiu.

Antes mesmo de a decisão por equipes começar, Flavinha sofreu queda feia nas barras assimétricas e bateu o rosto no chão, sofrendo um corte no supercílio, o que poderia abalar as meninas. Com semblante fechado, segurando o choro e a dor, a mais baixa das representantes do Brasil mostrou-se gigante para se tornar motivação a todas.

"Quando vi, eu estava no chão, com o joelho na cara, e rolei pro lado para a Rebeca poder aquecer. Fiquei pensando 'onde é que eu tô?'. E o Chico falando 'tá sangrando'. Eu não estava entendendo nada. Depois disso eu acordei e estava aquecida", explicou Flavinha, que só queria saber de celebrar a volta por cima na final.

A atleta de 1m45 saltou ao lado de Rebeca e Jade no aparelho que acabou sendo decisivo para o Brasil. Também voltou às assimétricas e fez bonito. Foi a última nota, de Rebeca, contudo, que garantiu a virada. Os 15,100 do salto valeram minutos de apreensão até as britânicas não conseguirem dar a resposta na trave, para o sentimento de alívio dar a graça.

"É até difícil falar nesse momento. A gente trabalhou muito duro, dia após dia. Poucas pessoas vão saber o quão duro foi, a maioria aqui dentro do time. Estamos felizes com o que conseguimos fazer hoje, aconteceram muitas coisas durante a competição, mas treinamos tudo dentro do ginásio", comemorou a experiente Jade Barbosa, de 33 anos, que enfim subiu ao pódio olímpico depois de quase duas décadas de dedicação à seleção.

"A gente treinou para cada situação dessa, cada passo fez diferença. Mas é isso que faz uma equipe, é isso que faz uma família. Tenho orgulho do que construímos nesse período todo e hoje a gente colhe o fruto de muitas gerações. É até difícil acreditar que está rolando isso", completou Jade, que já chorou muito após derrotas e nesta terça-feira ainda serviu de "mãezona" para Lorrane.

A ginasta carioca de 26 anos caiu no choro após a final lembrando da irmã, Maria Luisa, uma de suas incentivadoras, que morreu subitamente há poucos meses. Ganhar uma medalha foi a melhor forma de homenagear a parceira do dia a dia.

A ginasta ainda carregou a responsabilidade de abrir a disputa nacional e mostrou-se concentrada. "É uma responsabilidade grande, uma pressão estar no primeiro aparelho, mas a gente treinou tudo o que tinha que treinar", disse. "Estou acostumada a abrir as competições, mas confesso que hoje estava um pouco mais nervosa, mas confiante do que eu tinha de fazer. Lutei até o final, não foi minha melhor série, mas a gente lutou até o fim."

Caçula da equipe, Júlia parecia querer se beliscar para saber se era verdade o que vivia, sob a torcida presente dos pais. "É difícil de acreditar. Como todas disseram, tiveram meus erros, erros da equipe, mas acontece, é a competição. É erguer a cabeça e poder finalizar a série como finalizei na trave, que é um aparelho muito difícil", frisou. "E no solo eu também estava muito cansada, mas dei meu 110%, dei o resto do que tinha de energia para representar bem meu País. E deu no que deu, agora a gente está aqui com a medalha."

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: