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Esportes

Fifa investiga argentinos por cânticos racistas e Chelsea abre apuração contra Enzo Fernández


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Os cânticos racistas entoados por jogadores da Argentina, na festa pela conquista da Copa América, poderão trazer consequências duras tanto para a seleção quanto para o volante Enzo Fernández. Nesta quarta-feira, a Fifa abriu investigação contra a Associação de Futebol Argentino (AFA) e o Chelsea iniciou apuração contra Fernández, responsável por gravar e transmitir ao vivo o vídeo que registrou o episódio racista.

A gravação aconteceu quando o meio-campista estava no ônibus junto com os seus companheiros, eufóricos pela conquista da Copa América, disputada nos Estados Unidos. Os argentinos entoaram um cântico de letra polêmica, que ficou em evidência durante a Copa do Mundo de 2022, realizada no Catar.

"Eles jogam pela França/mas são de Angola/que bom que eles vão correr/se relacionam com transexuais/a mãe deles é nigeriana/o pai deles cambojano/mas no passaporte: francês", diz a canção. Enzo Fernández fez o corte das imagens assim que percebeu que a canção estava sendo captada pela transmissão.

A "live" gerou forte repercussão nesta semana. Ainda na terça, a Federação de Futebol da França acionou a Fifa em razão do caráter discriminatório do cântico. Nesta quarta, a Fifa se manifestou e confirmou que vai abrir procedimento disciplinar para investigar o caso.

"A Fifa está ciente de um vídeo que circula nas redes sociais e o incidente é objeto de uma investigação. A Fifa condena firmemente todas as formas de discriminação, venham de onde vier, incluindo jogadores, torcedores e responsáveis", afirmou a federação, em comunicado.

O Chelsea também veio a público para condenar o episódio, principalmente por ter sido gravado por um dos seus jogadores. Em comunicado, o clube de Londres disse que o comportamento de Enzo Fernández é "completamente inaceitável". O volante precisou vir a público para pedir desculpas.

"Temos orgulho de ter diversidade em nosso clube, que é inclusivo e conta com pessoas de diferentes culturas, comunidades e identidades que são bem-vindas aqui. Tomamos ciência e apreciamos o pedido de desculpas do nosso jogador e vamos encarar esse episódio como oportunidade para a educação", afirmou o Chelsea, que confirmou a abertura de um procedimento interno para apurar o caso.

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