Estêvão deixa Allianz Parque chateado com derrota e é consolado por familiares: 'Fica um vazio'
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Estêvão sentiu a derrota para o Fluminense, na rodada final do Brasileirão. Na saída do Allianz Parque, o garoto atendeu torcedores do Palmeiras e posou para fotos com todos, mas falava em tom baixo. Antes de ir embora, esteve reunido com familiares, de quem ouviu palavras de consolo e incentivo.
Pai do garoto, Ivo Gonçalves repetiu a frase "faz parte" algumas vezes. Aos 17 anos, Estêvão foi o principal jogador do Palmeiras na temporada. O ano do time foi abaixo do esperado, com eliminações nas oitavas de final da Copa do Brasil e nas quartas da Libertadores, ambas para os campeões Flamengo e Botafogo, respectivamente. Além disso, a equipe terminou com o vice do Brasileirão.
Não fosse Estêvão, o cenário poderia ser ainda pior. A joia palmeirense marcou oito dos seus 13 gols no Brasileirão no returno. O mais importante foi o da virada contra o Cruzeiro, por 2 a 1, na 37ª rodada. Com o empate que vinha acontecendo e a vitória do Botafogo contra o Internacional, os cariocas estavam confirmando o título. A frustração de Estêvão se dá depois de ele próprio ter mantido as chances do Palmeiras vivas.
"Fica um vazio no peito, o mais importante era o título. Sempre busco os individuais. Deus sabe de tudo. Vamos seguir que ano que vem tem mais. Pecamos num momento que não podíamos, fizeram o gol numa transição. Pecamos na eficiência. Não conseguimos sair com a vitória, demos o máximo. Com 17 anos, estou vivendo algo inesquecível para mim. Amadurecendo cada vez mais, só agradecer", disse Estêvão, na saída do gramado.
Acertado com o Chelsea, por 61,5 milhões de euros (R$ 364 milhões), Estêvão se despede do Palmeiras depois do Mundial de Clubes de 2025, no meio do ano. Assim, o atacante ainda pode ser campeão do Paulistão e do próprio Mundial. Ele tem no currículo o Estadual deste ano e o Brasileirão 2023, mas, nessas conquistas, ainda não tinha o protagonismo que assume hoje.
No jogo contra o Fluminense, Estêvão foi uma ilha criativa em um Palmeiras que jogou 'na marcha lenta'. O próprio técnico Abel Ferreira se disse decepcionado com a atuação coletiva. Segundo o português, a torcida pegou leve com as vaias que entoou no Allianz Parque.
É no jovem atleta que o palmeirense guarda sua melhor notícia de 2025: ele defenderá a camisa do clube no primeiro semestre. A primeira angústia do próximo ano, porém, é a despedida do jogador, já marcada no calendário.
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