CBF tenta aproximar seleção da torcida e reduz preço de ingressos após ‘buracos’ em Salvador

Os espaços vazios nas arquibancadas da Arena Fonte Nova, em Salvador, durante o último jogo da seleção brasileira, o empate com o Uruguai, em novembro do ano passado, fez a CBF rever sua política de preços de ingressos para as partidas da equipe nacional. Desde aquela partida, a entidade resolveu levar o Brasil para jogar apenas onde ela pode definir o valor das entradas, e não a administração dos estádios, como ocorreu no caso do estádio baiano.

A CBF viu quase 10 mil lugares sobrarem no duelo com a seleção uruguaia, pela 12ª rodada das Eliminatórias - o público total foi de 41 mil torcedores - porque muitos torcedores não puderam pagar entre R$ 100 e R$ 800 para ver a seleção em Salvador. Os setores mais caros da Arena Fonte Nova ficaram praticamente vazios.

A entidade, então, decidiu levar mais uma partida para o Mané Garrincha, porque conseguiu negociar com o administrador do estádio o preço dos ingressos, com objetivo de que não sobrem lugares na quinta-feira, quando o Brasil enfrenta a Colômbia.

Estádio mais caro erguido para a Copa do Mundo de 2014, a um custo de R$ 1,7 bilhão, o Mané Garrincha é administrado pelo consórcio Arena BRB desde 2020 e será a casa da seleção pela segunda vez nestas Eliminatórias. Em outubro do ano passado, o time treinado por Dorival Júnior goleou o Peru por 4 a 0 na arena na capital federal.

Também foi determinante para a CBF levar a seleção de volta à Brasília a boa relação com o governo do Distrito Federal, que investiu R$ 105 mil em melhorias no Bezerrão, estádio que tem recebido os treinos da seleção brasileira. “Queremos que Brasília seja a casa da seleção brasileira”, disse o secretário de Esporte e Lazer do Distrito Federal, Renato Junqueira.

Os quase 70 mil ingressos disponíveis para a partida foram esgotados. Houve uma considerável redução nos valores para o confronto com os colombianos nesta quinta-feira. O mais barato custava R$ 90 (meia-entrada) e o mais caro, R$ 380. O bilhete social mais econômico era vendido R$ 99 e o mais oneroso, a R$ 209.

A CBF também fez a reserva de 23,5 mil ingressos sociais, cerca de 34% da capacidade do estádio, repetindo o que fizera no jogo contra o Peru. Nesta categoria, os bilhetes são limitados até quatro por CPF e mediante a doação de 2 quilos de alimentos não perecíveis, por pessoa, no momento da entrada na arena.

A previsão é arrecadar cerca de 47 toneladas de mantimentos que serão enviados para instituições de caridade selecionadas pelos governos brasileiro e do Distrito Federal.

Valores dos ingressos para Brasil x Colômbia

• Setor Superior Norte: R$ 110 (meia), R$ 109 (social) e R$ 220 (inteira);
• Setor Superior Sul: R$ 90,00 (meia entrada), R$ 99 (social) e R$ 180,00 (inteira);
• Setor Superior Leste: R$ 140,00 (meia entrada), R$ 154 (social) e R$ 280,00 (inteira);
• Setor Superior Oeste: R$ 140,00 (meia entrada), R$ 154 (social) e R$ 280,00 (inteira);
• Visitante (Superior Oeste - Portão P24): R$ 140,00 (meia entrada), R$ 154 (social) e R$ 280,00 (inteira);
• Setores Inferior Leste e Oeste: R$ 190,00 (meia entrada), R$ 209 (social) e R$ 380,00 (inteira);
• Setores Inferior Norte e Sul: R$ 160,00 (meia entrada), R$ 176 (social) e R$ 320,00 (inteira).