Brasileirão com redução de rebaixados ganha apoio dos clubes, mas ainda passará por novas discussões
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O conselho técnico da Série A do Campeonato Brasileiro, que ocorreu na quarta-feira, na sede da CBF, já preparou pautas que serão discutidas futuramente e podem modificar próximas edições do torneio. Uma delas é a redução do número de rebaixados, o que implica também na Série B. Os clubes da segunda divisão terão seu conselho técnico na sexta-feira, também no Rio.
Segundo apurou o Estadão, A ideia partiu de Marquinho Chedid, presidente de honra do Red Bull Bragantino. O assunto ganhou certo apoio dos clubes, mas ainda será elaborado de uma forma melhor. Ainda conforme a apuração, uma possibilidade é a redução de quatro para dois ou três rebaixados, o que implicaria no acesso de dois ou três vindos da Série B.
A CNC deve se reunir mensalmente, na própria sede da CBF. Além da mudança no rebaixamento, outros temas estarão na pauta para análises e possíveis aplicações. São exemplos deles uma possível proibição do gramado sintético, a redução do número de estrangeiros por clube e o fair-play financeiro.
A expectativa, porém, é que nada disso seja aplicado de maneira imediata. Atualmente, por exemplo, cada clube pode inscrever até nove estrangeiros. A ideia é respeitar os contratos em vigor. As demais mudanças também não seriam para 2026 e são somente cogitadas a partir de 2027.
Comitê de arbitragem, sistema de bolas múltiplas e protocolo antirracista definidos para 2025
De novidades imediatas, foram poucas as mudanças aprovadas para o Brasileirão deste ano. Nenhuma delas é exatamente nova: o comitê consultivo de especialistas internacionais de arbitragem, anunciado há um mês pela CBF; o sistema de bolas múltiplas, já utilizado no Paulistão; a paralisação do campeonato durante a disputa do Mundial de Clubes, o que era sabido, e a adoção de um protocolo de combate ao racismo.
O Brasileirão adere o protocolo antirracista implementado pela Fifa. O procedimento de três etapas consiste em cruzar os braços em forma de X para denunciar um ato de cunho racista e pode ser sinalizado por árbitros, jogadores ou oficiais da competição. Jogadores e oficiais devem comunicar ao árbitro por meio do gesto.
Luiz Flávio de Oliveira, Marcelo Van Gasse, Fabrício Vilarinho, Luis Carlos Câmara Bezerra, Eveliny Almeida, Emerson Filipino Coelho compõem a nova comissão de arbitragem. Já o comitê de consultores internacionais tem o italiano Nicola Rizzoli e o argentino Néstor Pitana, que apitaram as finais da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, entre Alemanha e Argentina, e de 2018, na Rússia, entre Croácia e França, além de Sandro Meira Ricci.
O sistema de bolas múltiplas, usado na Premier League e no Paulistão, passará a valer para que os jogos tenham mais tempo de bola rolando. Serão 16 bolas posicionadas em torno do gramado, em cones, e o jogador apenas “retira” a bola do suporte, nos quais as bolas serão repostas pelos gandulas.
O Brasileirão começa no dia 29 deste mês, um sábado, e a última rodada está prevista para o 21 dezembro. Pela primeira vez, a principal competição do futebol nacional será disputada ao longo de dez meses.
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