Al-Hilal mira Neymar; veja outros jogadores que migraram para o futebol saudita
Principal campeonato da Arábia Saudita ficou conhecido recentemente por reunir em suas equipes craques mundiais como Cristiano Ronaldo
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O Paris Saint-Germain autorizou Neymar a negociar com outros clubes, segundo o jornal francês "Sport".
O maior interessado é o Al-Hilal, time da Arábia Saudita comandado pelo técnico português Jorge Jesus.
Apesar de a prioridade do jogador brasileiro -- e do próprio PSG -- ser o Barcelona, uma possibilidade aventada pelo "Sport" é que o clube árabe compre o passe de Neymar e, na sequência, o empreste para a equipe catalã.
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O principal campeonato da Arábia Saudita ficou conhecido recentemente por reunir em suas equipes craques mundiais como Cristiano Ronaldo (Al-Nassr), N'Golo Kanté (Al-Ittihad), Sadio Mané (Al-Nassr) e Karim Benzema (Ittihad Club).
Também disputam a competição jogadores brasileiros como Romarinho (Al-Ittihad), Roberto Firmino (Al-Ahli) e Anderson Talisca (Al-Nassr).
Sem as regras do "fair play financeiro", que restringem os gastos dos grandes europeus, a liga saudita passa por uma transformação econômica não vista no futebol desde que a China resolveu turbinar seu torneio local, no início da década passada.
O país estuda ainda apresentar candidatura para sediar, ao lado de Egito e Grécia, a Copa do Mundo de 2030. Também pensa em tentar receber os Jogos Olímpicos de 2036.
Apenas nos salários de CR7, Benzema e Kanté, Al-Nassr e Al-Ittihad vão gastar 420 milhões de euros (cerca de R$ 2,2 bilhões) por ano. Outros nomes conhecidos, como Robert Lewandowski e Ilkay Gündogan, também são alvo de interesse dos sauditas.
Ao ser apresentado no Al-Ittihad, em junho, Benzema citou como fator de escolha pelo país sua fé muçulmana, professada também por seus novos colegas de futebol saudita Kanté, Mané, Kalidou Koulibaly e Édouard Mendy.
"Sou muçulmano e é um país muçulmano. Sempre quis viver aqui. Já estive na Arábia Saudita e sinto-me bem aqui. O mais importante é que é um país muçulmano, amado e lindo. Quando falei para minha família sobre minha mudança para a Arábia Saudita, todos ficaram muito felizes e aqui estou, para mim é onde quero estar", disse Benzema, à época.
FUNDO SOBERANO
O fundo soberano da Arábia Saudita tem o controle dos quatro times mais populares: Al-Nassr, Al-Ittihad, Al-Ahli e Al-Hilal.
A entidade de investimentos controlada pela família real pretende usar a mesma estratégia empregada em outros setores da economia: o Estado vai comandar as agremiações para depois colocá-las à venda para empresas e agências de desenvolvimento.
O Public Investment Fund, nome oficial do fundo soberano sob a administração da monarquia, vale US$ 620 bilhões (R$ 3 trilhões). É o quinto maior do planeta.
Em julho, a Arábia Saudita anunciou que planeja lançar uma empresa de investimentos de bilhões de dólares para expandir seus interesses esportivos.
O grupo, que fará parte do fundo soberano de riqueza do reino, terá verba para financiar sua expansão, em um sinal de que o país está comprometido em fazer mais aquisições, investimentos e parcerias no futebol, tênis e outros esportes.
"SPORTSWASHING"
A iniciativa tem recebido críticas sobre o histórico de violações de direitos humanos da Arábia Saudita e acusações de que o reino está fazendo o "sportswashing" (usar o esporte para limpar sua reputação internacional).
Funcionários do governo afirmam que o projeto faz parte de uma ambiciosa reforma da economia, na qual buscam diversificar para além do setor de petróleo, atraindo turismo e investimentos.
Veja, a seguir, alguns jogadores que fizeram parte da elite do futebol europeu e migraram recentemente para a Arábia Saudita.
CRISTIANO RONALDO
Sem clima para continuar no Manchester United, onde se desentendeu com o treinador, o craque português surpreendeu com o anúncio, no fim do ano passado, da transferência para o futebol da Arábia Saudita.
O camisa 7, então com 37 anos (já fez 38), passou a jogar pelo Al-Nassr, recebendo um salário superior a R$ 1 bilhão por ano e com contrato até a metade de 2025.
Afastado da principal vitrine do futebol, a Europa, registrou 16 gols em 20 partidas. Com quatro gols, é o atual artilheiro da Copa dos Campeões Árabes.
KARIM BENZEMA
Ex-artilheiro do Real Madrid e mais recente ganhador da Bola de Ouro (melhor do mundo), Karim Benzema foi apresentado em junho ao Al-Ittihad.
Segundo a imprensa europeia, seu salário anual no novo clube é de 100 milhões de euros (R$ 536 milhões).
Ele é o atual vice-artilheiro da Copa dos Campeões Árabes, mas seu time foi eliminado Benzema perdeu um pênalti no jogo de volta das quartas de final contra o Al-Hilal, que ganhou de 3 a 1, passou de fase e estará na final contra o Al-Nassr de Cristiano Ronaldo.
N'GOLO KANTÉ
O volante ex-Chelsea, eleito em 2017 o melhor jogador francês do ano, foi anunciado no Al-Ittihad em junho. Seus vencimentos são estimados pela imprensa europeia em 100 milhões de euros (R$ 536 milhões) por ano.
Jogou só duas partidas, por enquanto, incluindo a eliminação contra o Al-Hilal.
SADIO MANÉ
A contratação do senegalês ex-Bayern de Munique foi anunciada pelo Al-Nassr em agosto. A transação custou 28 milhões de euros (cerca de R$ 150 milhões).
Mané jogou três partidas e vai disputar a final com o Al-Hilal neste sábado (12).
ROBERTO FIRMINO
Ex-Liverpool, o brasileiro fechou com o Al-Ahli em julho. Ainda não estreou pelo time saudita.
ÉDOUARD MENDY
O franco-senegalês que defendia o Chelsea desde 2020 foi anunciado em junho como novo goleiro do Al-Ahli, depois de uma transação de 16 milhões de libras (quase R$ 100 milhões).
Ainda não entrou em campo pela equipe árabe.
KALIDOU KOULIBALY
O zagueiro senegalês participou de cinco jogos do Al-Hilal desde que foi anunciado, em junho. O passe do ex-Chelsea custou 23 milhões de euros (cerca de R$ 123 milhões).
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