Destaque nacional em alfabetização
Vitória é a segunda capital do País mais bem posicionada no ranking nacional de alfabetização do Ministério da Educação

A educação no município de Vitória apresenta resultados positivos e colocam a capital capixaba como referência no ensino público no Brasil. Segundo o relatório Criança Alfabetizada, do Ministério da Educação (MEC), que avaliou o nível de alfabetização de crianças de até 7 anos, em 2024, Vitória desponta como a 2ª capital do País mais bem posicionada no ranking nacional de alfabetização.
O índice de Vitória atingiu 73,2%, um aumento de 7,3% em relação a 2023. Com o resultado, Vitória atingiu as metas definidas pelo MEC para 2024 (68,1%), 2025 (70,3%) e 2026 (72,5%).
O índice também aponta um salto significativo em relação ao ano de 2021, quando o percentual de Vitória era de apenas 28%. Naquele ano, o município ocupava a 12ª posição entre as 26 capitais.
No Espírito Santo, a capital capixaba também obteve o melhor resultado entre os municípios com mais de 2 mil estudantes avaliados na faixa etária de até 7 anos.
O índice de 73,2% foi maior que o de Vila Velha (67,75%), Cariacica (64,57%), e Serra (57,12%).
Juliana Rohsner, secretária municipal de Educação, atribui o bom desempenho a alguns fatores, entre eles, o Programa Educar para Vitória. “Antes, Vitória tinha escolas de excelência, mas não uma rede de excelência. Hoje não. Todas as escolas têm um trabalho diferenciado que foca no estudante para garantir essas aprendizagens”.
O programa citado pela secretária é estruturado em três eixos principais: assessoria pedagógica, formação continuada de profissionais da educação e monitoramento das aprendizagens por meio de um sistema de avaliação.
O objetivo é melhorar o desempenho dos alunos, especialmente a alfabetização, através do apoio pedagógico, capacitação dos professores e acompanhamento dos resultados.
A secretária também destaca as ações de valorização profissional. “Temos trabalhado muito no foco da gestão escolar atuando como um líder pedagógico. O gestor não é síndico. Ele tem uma função pedagógica e é nesse sentido que nós estamos trabalhando”.
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As 42 mil crianças e estudantes das 105 unidades de ensino, entre Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs), têm a oportunidade de acesso a uma educação de qualidade, fruto de investimentos em infraestrutura e na aprendizagem que visam oferecer o melhor em todas as regiões da cidade.
O avanço também é evidente nos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Após anos de estagnação, o Ideb nos anos iniciais (1º ao 5º ano) subiu de 5,6 para 6,1, enquanto nos anos finais (6º ao 9º ano) o índice passou de 4,6 para 5,0, consolidando a melhoria contínua da educação em Vitória.
Unidades em tempo integral na rede passam de 4 para 41

A expansão da educação em tempo integral também tem sido um diferencial na rede pública municipal. Quando a atual gestão assumiu, o município de Vitória contava com quatro unidades nessa modalidade. Neste ano, a capital chega a 41 unidades em tempo integral, após a regulamentação por lei da oferta desse modelo nos Cmeis (centros de educação infantil).
Por definição, uma escola em tempo integral deve ter ao menos sete horas de atividades diárias. Em Vitória, as escolas de tempo integral oferecem nove horas diárias de atividades, tanto nos Cmeis quanto nas Emefs (ensino fundamental).
Em torno de 70% das necessidades diárias da alimentação são supridas no tempo integral com quatro refeições ao longo do dia. Nos Cmeis TI são servidas a colação, almoço, lanche da tarde e jantar. Já nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental em Tempo Integral (Emef TI), são servidas a colação, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde.
“O diferencial da rede é o currículo integrado, que promove o desenvolvimento das múltiplas linguagens e conhecimentos. A proposta pedagógica valoriza o protagonismo das crianças e adolescentes, bem como sua participação ativa na rotina da escola”, comenta a secretária de Educação do município, Juliana Rohsner.
Na educação infantil, atende crianças de seis meses a cinco anos (creche e pré-escola). A rotina inclui acolhimento, momento integrador (banho, descanso, higienização), ambientes temáticos e oficinas temáticas. As oficinas, sobretudo na pré-escola, são escolhidas pelas próprias crianças, o que estimula autonomia e interesse.
Inovação presente no dia a dia dos alunos
A robótica ajuda no desenvolvimento do raciocínio lógico, da criatividade, da concentração, da colaboração e da capacidade de resolução de problemas. E ela está presente na rede municipal de Vitória através de projetos que visam aprimorar o ensino e despertar o interesse por ciência, tecnologia e programação.
A iniciativa busca desenvolver o raciocínio lógico, a criatividade e o trabalho em equipe dos estudantes, preparando-os para as tecnologias do futuro. O projeto oferece aos alunos a oportunidade de aprender programação e outras tecnologias de forma prática, mostrando como elas contribuem para a interação social e a solução de problemas.
De acordo com a secretária de Educação do município, Juliana Rohsner, o Criar Vitória está implantado em 10 escolas da rede, por meio de salas maker. “Além disso, temos diversas unidades contempladas com o edital do Lego, onde ofertamos robótica desde a educação infantil”.
A secretária também destaca a disciplina chamada Projeto de Vida, que era oferecida nas escolas de tempo integral e hoje está presente em todas as unidades da rede. “Esse projeto leva os estudantes ao autoconhecimento, a adotarem uma posição de protagonistas, de terem autonomia para fazer escolhas, através de um trabalho que estabeleça, de fato, um projeto de vida. O Projeto de Vida é aplicado do 1° ao 9° ano”.
A Prefeitura de Vitória destinou mais de R$ 80 milhões para a digitalização das escolas, com a modernização da estrutura em toda rede, com a aquisição de 3 mil computadores desktop para as escolas e mais de 4 mil notebooks para os professores.
Em 2025, Vitória passou a garantir também o kit material escolar para as crianças e estudantes de toda a rede. São mais de 42 mil kits que contemplam todo o material necessário para as atividades pedagógicas do ano letivo de 2025. O investimento é de R$ 6,7 milhões.

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