"Escolas estão preparadas para voltar imediatamente", afirma Sinepe
O Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Estado do Espírito Santo (Sinepe-ES) informou que as escolas estão preparadas para reabrir imediatamente caso o governador Renato Casagrande volte atrás e autorize o retorno das aulas presenciais nas cidades de risco moderado.
As atividades presenciais do ensino básico das redes particular e pública estão suspensas desde segunda-feira (23) nas cidades de Vitória, Barra de São Francisco, Cariacica, Ecoporanga e Viana.
O assunto foi discutido ontem (24) em uma reunião de quatro horas de duração entre representantes de escolas, entidades e do governo do Estado. No entanto, a decisão ficou para esta quarta-feira (25), após uma nova reunião, dessa vez entre o governador e membros da Sala de Situação, cujo horário ainda não foi informado.
Segundo a assessoria de Renato Casagrande, não há previsão de pronunciamento do governador para hoje. O que se sabe é que a decisão do governador terá validade após a publicação de decreto no Diário Oficial. Se o decreto sair somente após o Mapa de Risco, que tem sido divulgado às sextas-feiras, a definição sobre a manutenção da suspensão ou a liberação das aulas presenciais pode passar a valer a partir da próxima segunda-feira (30).
O sindicato que representa as escolas particulares afirma que as unidades estão prontas para voltar imediatamente. “Estamos preparados para retornar e terá adesão dos pais, que foram pegos de surpresa. Se ele (o governador) disser que podemos abrir amanhã, vamos retornar amanhã. Se disser que só na segunda, vamos retornar segunda”, disse o presidente do Sinepe-ES, Moacir Lellis.
Segundo Lellis, dados apresentados na reunião sinalizam que não há necessidade de fechar escolas no risco moderado. "Pelos dados científicos apresentados na reunião pelos secretários de Saúde e de Educação, o risco de transmissão das escolas é muito baixo. Então, não tem motivo para as escolas fecharem porque temos protocolos de segurança rígidos. O que deu a entender é que o consenso é que município com risco moderado não tem necessidade de fechar as escolas”.
De acordo com o presidente do Sinepe, um dos dados apresentados na reunião foi o número de alunos infectados após o retorno das aulas presenciais. “São 244 alunos infectados, mas não quer dizer que a contaminação foi na escola. Nós retornamos com 40%, o que dá em torno de 80 mil alunos. O Estado retornou com 36 mil. São 116 mil alunos em aulas presenciais e 244 é um número muito pequeno”, afirmou.
Sindiupes é contra o retorno das aulas presenciais
Na reunião realizada na terça-feira (24), os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) se manifestaram contrários ao retorno das aulas presenciais nos municípios classificados como risco moderado.
“Nós somos contra porque a regra não pode mudar no meio do jogo. Achamos que vai piorar, vai ser mais contaminação tanto de alunos quanto de profissionais da educação. Aliás, nós sempre fomos contrários ao retorno das aulas. Pela conversa, as escolas particulares estão fazendo pressão para voltar. Fomos convidados para uma reunião onde já estava tudo mastigado. Tinham três representantes do Sinepe, mas nem a Assopaes (Associação de Pais de Alunos do Estado do Espírito Santo) e nem a União de Alunos foram convocados, não estavam representados. Até o Ministério Público sinalizou que se a parte técnica aponta que pode voltar, ok retornar. Não concordamos com esse tipo de reunião sem a presença de pais e alunos”, disse a diretora do Sindiupes Noêmia Simonassi.
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