“Nosso Lar 2” explora as escolhas feitas na vida
Filme atraiu diversos públicos para os cinemas
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“Nosso Lar” foi um sucesso arrebatador, visto por 4 milhões de espectadores. Em 2010, venceu disparado uma enquete feita pelo Ministério da Cultura para saber quem o público gostaria de ver representando o Brasil no Oscar.
Difícil saber como o brasileiro de 2024, depois de tudo que aconteceu nesse meio tempo, vai receber a nova produção do diretor Wagner de Assis. O jeito de falar dos personagens melhorou um pouco. Perdeu levemente aquela entonação antiquada e professoral que marca não apenas as falas, mas também os textos espíritas mais antigos.
O livro que deu base ao filme, “Os Mensageiros”, foi psicografado e lançado em 1944 por Chico Xavier, o maior médium do Brasil. Segundo o próprio, o texto veio por inspiração de André Luiz, personagem na história novamente interpretado por Renato Prieto.
O primeiro “Nosso Lar” explicava a vida além do túmulo, e como as escolhas podem levar à insanidade do umbral ou à luz da evolução numa cidade espiritual. A sequência trata do livre arbítrio pelo bem coletivo.
Os mensageiros precisam resgatar três emissários que, encarnados e perdidos em suas limitações terrenas, não conseguem concretizar a obra conjunta a que se propuseram.
Entre eles está o cínico Otávio, que na pele do ator Felipe de Carolis é a surpresa no quesito interpretação. Exala a maldade e a falsidade que se espera de uma assombração errante.
Céticos podem considerar piegas os sentimentos apresentados para explicar o que deu errado no grupo. Arrogância, ganância, vaidade, rigidez, intriga, preconceito, inveja, medo.
Vale o spoiler sem dor no coração. O espírito Aniceto, interpretado por Edson Celulari, vira a chavinha da autoajuda ao lembrar que indivíduos evoluem quando buscam sociedades baseadas em liberdade, igualdade e fraternidade, sem diferenças de raça, gênero ou classe social, por mais conflitante que possa parecer.
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