Jéssica Canedo criou e divulgou prints de conversa com Whindersson, diz polícia
Caso ganhou repercussão nacional após perfil Choquei postar prints com conversas entre o humorista e a jovem
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A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava as circunstâncias da morte da estudante Jéssica Canedo, de 22 anos, de Araguari, Minas Gerais, em dezembro do ano passado. As informações são do g1.
As investigações apontaram que a jovem criou e divulgou conteúdos do suposto relacionamento com Whindersson Nunes. Na época, o caso ganhou repercussão após o perfil Choquei compartilhar prints de troca de mensagens entre os dois e ser acusado pelos internautas de colaborar com a morte de Jéssica, já que a estudante alegou que estaria sofrendo ataques após o post.
"Durante as investigações foi apurado e concluído que todas as fofocas veiculadas pelas páginas foram criadas e divulgadas pela própria jovem. Ela fez toda a montagem e divulgou para as páginas de notícias sobre o seu relacionamento com o humorista", disse o delegado Felipe Oliveira Monteiro ao g1.
O delegado ainda disse à reportagem que Jéssica tinha depressão e estava em tratamento.
Ao todo, Jéssica criou três perfis falsos para conversar com as páginas de fofoca. Ela se passava por outras pessoas e dizia ter um ‘furo’, em seguida, enviava os prints de uma suposta conversa entre ela e Whindersson.
Durante as investigações, as páginas de fofoca apresentaram as conversas que tiveram com a jovem. Em uma delas, ao checar as informações recebidas, Jéssica confirmou o envolvimento com o humorista mas que o conteúdo divulgado estava distorcido. Já em conversa com outro perfil, ela negou.
Antes de tirar a própria vida, a estudante revelou, em sua conta do Instagram, que estava sofrendo ataques na internet e pediu a exclusão dos posts que continham os prints falsos. Na época, ambos negaram publicamente a veracidade das mensagens e acusaram as páginas de fake news.
Jovem carioca indiciada
A polícia ainda informou que uma jovem, de 18 anos, de Rio das Ostras, está sendo indiciada por incentivar que Jéssica tirasse a própria vida, em um comentário nas redes sociais.
Ela responderá em liberdade pelo crime de incentivo ao suicídio e, se condenada, pode ter de 2 a 6 anos de reclusão.
Páginas de fofoca
Os perfis que divulgaram o suposto envolvimento entre a jovem e o humorista, como a Choquei, não serão indiciadas. Ainda segundo o delegado ao g1, disseminar fake news não é crime no Brasil.
As páginas só poderão ser investigadas contra honra, caso a família de Jéssica demonstre interesse, o que não aconteceu.
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