'Foi um engano te adotar', escreveu Cid Moreira a filho, deserdado em testamento
Afirmações do apresentador constam em email trocado em 2014 com Roger Naumtchyk
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O apresentador Cid Moreira, morto na última quinta-feira (03), disse ter se arrependido e ter tentando desfazer a adoção do seu filho Roger Naumtchyk, um cabeleireiro de 47 anos, que agora tenta não ser deserdado conforme queria o pai em testamento.
"Você continua sendo meu filho adotivo porque não consegui reverter a adoção", escreveu o apresentador em uma troca de emails de dez anos atrás, enviada à reportagem por Naumtchyk. Na época, ele e Rodrigo Simões, filho biológico de Moreira, acusaram Fátima Sampaio, viúva do apresentador, de maus-tratos e de estelionato praticado contra idosos.
O ex-âncora do Jornal Nacional disse no começo do email que "vivia em paz" e "estava muito bem". Em seguida, escreve que excluiu Naumtchyk de seu testamento após declarações dele à mídia. "Eu fiz um documento e deserdei você. Escrevi de próprio punho e assinei."
No documento que será apresentado pelo advogado de Sampaio para a abertura do inventário, o apresentador também deserda Rodrigo. Nenhum dos dois compareceu ao velório do pai, mas, segundo o advogado dos filhos, Naumtchyk estava na missa de sétimo dia de Moreira, nesta terça-feira.
Naumtchyk –sobrinho da terceira mulher do apresentador, Ulhiana Naumtchyk— foi adotado aos 20 anos pelo casal. No email, Moreira recusa um convite de Naumtchyk para dar uma entrevista na televisão junto ao filho. "Foi um engano te adotar", escreveu.
O cabeleireiro também havia alegado a senilidade do pai, que disse ter obtido pareceres para provar seu estado de saúde, o que foi refutado por Moreira.
Os irmãos pediram a abertura do inventário do pai na Justiça horas após sua morte na quinta-feira. "Lamentável e inoportuna a abertura do inventário promovida pelos filhos de Cid Moreira poucas horas após seu falecimento", disse a viúva na ocasião. "A postura demonstra, de forma indisfarçável, que eles nunca estiveram interessados em outra coisa senão o patrimônio do pai".
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