Família de Marília Mendonça vai entrar com ação contra Facebook e Google
A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um procedimento administrativo para a apuração dos fatos
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Após imagens da autópsia do corpo de Marília Mendonça circularem na internet, a família da cantora vai entrar na Justiça para punir eventuais responsáveis pela divulgação das fotos. O advogado da família, Robson Cunha, disse que Facebook e Google serão alvos de ações "para tentar coibir qualquer tipo de divulgação e responsabilizá-los" pelo compartilhamento das imagens.
Ao programa Fofocalizando, do SBT, Cunha afirmou que o primeiro passo é coibir a repercussão das imagens. "O crime inicial foi cometido, que foi a divulgação desse conteúdo, mas a propagação desse material também é crime. As pessoas têm que entender a gravidade disso", falou.
O F5 apurou que o Google vai agir para retirar do ar conteúdos que violem políticas da plataforma. Procurada, a assessoria do Google informou que "a empresa não tem nada a comentar". A Meta, dona do Facebook, não respondeu até a última atualização deste texto.
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Questionado sobre eventuais ações contra o Governo de Minas Gerais, o advogado disse que a família está esperando um esclarecimento sobre o caso. "Até agora, a gente não recebeu absolutamente nada oficial do governo de estado. A gente precisa, inicialmente, de uma manifestação pública do que de fato aconteceu. O primeiro passo é esse. O segundo passo é responsabilizar não apenas o agente que cometeu esse crime, como também o próprio estado", explicou.
A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um procedimento administrativo para a apuração dos fatos. "A Polícia Civil informa que o sistema onde ficam armazenados os documentos investigativos são auditáveis e que a Superintendência de Informações e Inteligência Policial (SIIP) já está realizando os levantamentos com vistas a identificar todos os acessos ao referido laudo", diz trecho da nota enviada ao F5.
O advogado da família reiterou o fato de que o inquérito do qual as fotos foram colhidas era restrito a poucas pessoas, o que tornaria mais simples a identificação do culpado. "É um inquérito policial sigiloso e, ainda mais, pouquíssimas pessoas têm acesso. Esse conteúdo não está liberado, inclusive, para terceiros da própria polícia que queiram acessá-lo", explicou. "Quem o fez, o fez através de um acesso restrito. Então, é de fácil identificação."
Cunha relatou que foi Murilo Huff, ex-namorado e pai do filho da cantora, que o avisou sobre as fotos vazadas. "Ele, muito chocado, muito abalado no telefone, me deu a notícia de que estava recebendo algumas imagens", disse.
O advogado falou ainda sobre os esforços feitos por ele e pela família de Marília Mendonça para evitar o vazamento de imagens logo após o acidente, em novembro de 2021. "Eu entrei em contato com responsáveis do IML e pedi para que o corpo não saísse do IML enquanto eu não chegasse. Eles entenderam, compreenderam a situação e aguardaram. A razão pela qual eu havia feito esse pedido era justamente para que, saindo do IML, não se perdesse o controle de tudo que estava sendo feito."
Cunha explicou os procedimentos adotados na época para evitar que fotos do corpo da cantora fossem divulgados. "Colocamos uma escolta acompanhando o carro da funerária. Na funerária, recolhemos todos os equipamentos celulares, inclusive o do proprietário do local. Desligamos todas as câmeras e monitoramento do local. Enfim, tivemos o cuidado e a atenção de fazer um trabalho que evitasse qualquer exposição de qualquer imagem associada ao pós-acidente."
"Até ontem, a gente imaginava ter feito um trabalho de respeito à imagem da Marília", complementou.
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