Dane-se a minha perna cabeluda e o meu jeito de sambar', diz Adriane Galisteu
Apresentadora será Destaque da Portela e musa do Camarote Allegria
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Faltando sete dias para o Carnaval, Adriane Galisteu reconhece que, apesar dos 29 anos na Sapucaí, está "ansiosíssima" para mais uma folia. Destaque da Portela e musa do Camarote Allegria, ela diz que acha graça dos memes sobre ela, ora pela perna cabeluda, ora pelo samba no pé.
"Sambo do meu jeito. Se está certo ou errado, feio ou bonito... Não estou nem aí. É o meu palco e ponto. Dane-se a minha perna cabeluda e o meu jeito de sambar."
Galisteu também falou sobre o susto que passou recentemente por um problema de saúde.
"É até pecado falar isso, mas eu pensei logo: 'Meu Carnaval... Vou ficar de fora? Não acredito' (risos). Levei uma chamada do médico. Claro que saúde vem em primeiro lugar, e se fosse algo grave que me impossibilitasse de desfilar, eu ficaria quietinha. Mas deu tudo certo e estou ótima."
Portela
"Saio na Portela desde 1996, e se tem uma coisa que faz sentido na minha vida, é estar na Portela. São muitos anos de avenida, passei pela Rocinha, Unidos da Tijuca e voltei para a escola que me acolheu. Venho à frente da comissão de frente, tipo abrindo o desfile, e me sinto honrada."
Fantasia
"Este ano, eu venho de Rosa Branca, mais uma fantasia do Henrique Filho... Linda! Um enredo em homenagem a Milton Nascimento, que merece todas as nossas honras, homenagens e aplausos. Estou ansiosíssima!"
Destaque, musa ou rainha de bateria
"Eu gosto de desfilar no chão. Sabe como virei rainha de bateria? No primeiro ano de desfile, saí em um carro alegórico. Normal. No segundo ano, o carro pegou fogo e todo mundo teve que desfilar no chão como uma ala. Fui pega pelo bichinho do samba ali. Comecei como musa e, logo depois, virei rainha de bateria na Portela."
Fora do carnaval
"Dei um tempo para poder curtir o Vittorio, porque a gente descobre, depois que é mãe, que o filho só tem férias no Natal, no Réveillon e no Carnaval. Ou você cola nele, ou vai começar a perder momentos. Aí eu fui me dedicar. Não foi tão legal, porque quem ama o Carnaval não consegue estar longe dele. E olha, vou te falar: dá trabalho. É uma baita trabalheira. É confuso. É dolorido. O Carnaval é para quem ama. O Carnaval é para quem se dedica."
Críticas
"Eu lido bem com essa coisa sobre o corpo da mulher, quantos anos ela tem, se tem samba no pé ou não. A minha preocupação é com quem não lida bem. A mulher que deixa de ir porque acha que não é capaz. Eu vou para me divertir e sambar do meu jeito. Vou sorrindo e rindo. Essa sou eu."
Memes
"Existem pessoas só para isso nas redes sociais, né? Julgar, criticar... e elas não me atingem. Dá uma olhada na minha perna (mostra as coxas bem cabeludas). Veja como eu estou preocupada. Veja como eu me preocupo com isso. É perna cabeluda, é samba no pé... Nem aí, meu amor. Eu sigo sem perna lisa, sem bunda e sigo do meu jeito. Me divirto. O dia que não for assim, não é mais para mim. Espero que seja para mim por muitos anos. Ainda me vejo bem senhorinha, saindo com a velha guarda, sentadinha naquelas cadeirinhas lindas de um carro alegórico. Meu marido (ela é casada com Alexandre Iódice desde 2010) fala: 'Pelo amor de Deus!'. E eu já avisei que vai ser assim e que ele precisa se programar e se organizar psicologicamente. Só vou sair dali quando Deus me tirar."
Saúde
"A primeira coisa que me veio à cabeça – não me critiquem, não me julguem – mas a primeira coisa foi: ‘E meu Carnaval?’. O médico ficou assustado (risos) e disse que eu precisava me cuidar. Queria me operar só depois do Carnaval porque amo e tinha muitos compromissos. Mas não deu. Era algo sério e eu não sabia a gravidade (uma pielonefrite com uma pedra no canal do uréter). Sofri. Cheguei da viagem e logo fiz a cirurgia. Acabei de tomar os antibióticos e estou ótima. Não estou 100%, mas até o Carnaval vou ficar."
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