Homem da Meia Noite fez desfile enaltecendo as nações indígenas
Calunga revela traje com adereços ancestrais e mais uma vez reúne multidão para o seu desfile
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No ano que completa 92 anos o Calunga mais reverenciado de Olinda teve a festa que merecia. Desde o início da noite de sábado (10), a população ia chegando e procurando o melhor lugar para ver o gigante mais amado de Olinda. À meia noite em ponto, a Estrada do Bonsucesso já estava completamente tomada pela multidão. Gente de todas as idades e muitas crianças, vestidas com fraque e cartola, para homenagear o Homem da Meia Noite. Ao toque dos clarins, o desfile começou, com o gigante abrindo passagem entre os foliões.
Este ano, o Clube de Alegoria e Crítica O Homem da Meia Noite trouxe o tema “Terra Indígena”. O povo Xukuru do Ororubá, de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco, o Caboclinho 7 Flexas, do Recife, e o cantor Marron Brasileiro foram homenageados.
VESTIMENTA INDÍGENA
O calunga manteve a tradição de só revelar o traje que usaria no momento do desfile. Confeccionado pela estilista Dai Molina, o fraque branco e a cartola preta traziam palavras de resistência sobre demarcação das terras indígenas. O calunga usou um adereço feito com palha usada no adorno de tribos de Pernambuco e colares de sementes, representando as etnias indígenas.
No fim do percurso, o calunga cumpriu o ritual entregou a chave da cidade de Olinda para a tradicional troça Cariri Olindense, que desfila na manhã de domingo pela Cidade Alta.
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