Projetos formam futuros cientistas no Espírito Santo
Projetos de inteligência artificial e construção de robôs estão entre as estratégias das escolas para incentivar novos talentos
Escute essa reportagem
Aproximar os jovens da ciência é um desafio. Inteligência artificial, construção de robôs e germinação de sementes, por exemplo, ainda são conhecimentos distantes da educação básica. Mas com novos projetos e cursos, as escolas apostam na inovação para a formação de novos cientistas.
Na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Rômulo Castello, na Serra, uma ação da professora Camila Santos venceu o prêmio “Educação Científica”, concedido pela Federação de Sociedades de Biologia Experimental, neste ano.
Estudantes do 3º ano do ensino médio tiveram acesso aos laboratórios da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) para aprender técnicas de germinação de sementes e, depois, analisar o impacto da salinização (concentração de sais) e da seca em áreas irrigadas de alface, na própria escola.
A ação foi uma réplica da tese de doutorado da professora e, de acordo com ela, instigou a curiosidade dos alunos. “Vi uma oportunidade de democratizar o conhecimento científico. A maioria nunca havia visitado uma universidade. Acredito que é um estímulo para aproximá-los do ensino superior”.
Já no Centro Educacional Leonardo da Vinci, 16 estudantes do 9º ano do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio participarão da Jornada Internacional de Ciência e Tecnologia, nos Estados Unidos, de 31 de outubro a 4 de novembro.
Eles vão programar robôs para realizar diversas tarefas, conta a coordenadora de Programas Internacionais da escola, Lorena Croce.
“O jovem, ao ter contato com a ciência, aprimora o pensamento crítico e a criatividade. Esse contato transforma e influencia em suas escolhas profissionais”.
Algumas iniciativas começam cedo. Crianças da Escola Americana de Vitória, por exemplo, aprendem a linguagem de códigos em contato com um robô, que os ensinam noções de programação.
Inovação
O curso técnico em Internet das Coisas, do Ifes, campus Serra, une mecatrônica e programação para profissionalizar jovens na construção de soluções em conexão de internet para diversos objetos do cotidiano, como eletrodomésticos e carros, por exemplo.
Nos laboratórios, os alunos têm contato com a formação científica e aprendem diversas habilidades para atuação na indústria 4.0, explica Wagner Scopel, pedagogo do curso.
Projetos que pensam no futuro
Investigação e criatividade
Pensar como a poluição atmosférica pode afetar a moradia, a saúde e a praia, além de propor soluções. Esse é o objetivo de um projeto do Colégio Sagrado Coração de Maria, em Vitória.
Dentre as ações, os alunos analisam como construir um carrinho com sistemas de ímãs para retirada de poluentes da areia da praia.
Proteção do oceano
A Mostra Marista de Ciências, Tecnologia e Inovação, do Colégio Marista Nossa Senhora da Penha, em Vila Velha, promove a conscientização ambiental com ações que unem ciência e temas urgentes.
Em um dos eventos, os alunos aprenderam sobre a conservação e a sustentabilidade dos oceanos. Um “peixe lixeira” reiterou a importância da separação e do descarte correto do lixo.
Comentários