Trabalhadores terceirizados de indústrias no ES entram em greve
Trabalhadores da limpeza industrial cobram equiparação de benefícios pagos por grandes empresas
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Trabalhadores terceirizados do setor do asseio e conservação e que atuam em indústrias do Espírito Santo entraram em greve por tempo indeterminado na segunda-feira (21).
A categoria é responsável pela limpeza dos ambientes internos e externos dos parques industriais.
O movimento, segundo o sindicato que representa a categoria — o Sindilimpe-ES —, deve provocar a interrupção da produção em algumas grandes empresas com operação na Grande Vitória e no interior do Estado.
O motivo é que, uma vez que o serviço da categoria é considerado essencial para a higiene do ambiente, não é possível dar continuidade às atividades.
A paralisação foi aprovada, segundo o sindicato, em assembleias realizadas no dia 11 de julho.
Os trabalhadores reivindicam a melhoria e a equiparação dos benefícios pagos pelas empresas, como vale-alimentação, vale-transporte, cesta natalina e Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
De acordo com a presidente do Sindilimpe-ES, Evani Reis (Baiana), há uma grande disparidade entre os benefícios concedidos pelas contratantes do setor industrial.
“A greve acontece porque os patrões não avançam nas negociações, mesmo após três rodadas de reuniões com o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Espírito Santo (Seaces). São empresas que têm plenas condições de melhorar os contratos com as terceirizadas”, afirma.
O sindicato estima que mais de cinco mil trabalhadores, vinculados a cerca de 100 empresas terceirizadas, trabalham atualmente em todo o setor industrial do Espírito Santo.
“A Vale conseguiu (pagar) vale-alimentação de R$ 1,2 mil, desconto no vale-transporte, PLR de um salário mínimo e cesta natalina. Os trabalhadores das outras indústrias também precisam ter seu trabalho reconhecido e recompensado”, defendeu Evani.
Em nota, o sindicato afirma que permanece aberto à negociação e espera “um gesto” do setor patronal para encerrar a greve com a “garantia de dignidade e do reconhecimento da importância dos trabalhadores e das trabalhadoras da limpeza”.
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