Tarifaço de Trump: comitê em busca de soluções para o ES
Casagrande cria grupo liderado por Ricardo para analisar impacto das novas tarifas dos EUA e proteger setores produtivos no ES
Escute essa reportagem

Em busca de soluções para o tarifaço, o governador Renato Casagrande anunciou nesta terça-feira (23) a instituição de um comitê destinado a acompanhar e avaliar as tarifas econômicas impostas pelo governo do Estados Unidos sobre o Brasil e os impactos diretos no Espírito Santo.
O comitê será coordenado pelo vice-governador Ricardo Ferraço e terá a participação de representantes de diversas secretarias de Estado, bem como de instituições capixabas.
“Vamos criar esse comitê para analisar todas as decisões e medidas adotadas pelo governo federal em resposta às tarifas impostas pelo governo norte-americano. Será importante também para a gente conversar com os setores afetados com o objetivo de proteger as suas atividades no Espírito Santo, bem como dos empregos gerados e a ação dos empreendedores”, disse Casagrande.
Ainda segundo o governador, serão analisados os efeitos das tarifas, caso sejam mantidas, sobre a receita do Estado e municípios, bem como da necessidade da adoção de alguma medida para conter despesas. Para Ricardo Ferraço, o tarifaço imposto é muito ruim para o Brasil, especialmente ao Espírito Santo.
“Somos uma das economias mais dependentes do comércio exterior, com um grau de abertura que é o dobro da média dos estados brasileiros. Rochas ornamentais, siderurgia, papel e celulose, além de produtos do agro como café, frutas, gengibre e macadâmia serão fortemente atingidos se essa nova taxação vingar”.
Segundo ele, esse grupo de trabalho está sendo constituído para estar bem próximos aos segmentos produtivos, para entender com precisão e clareza esse impacto e definir as medidas que poderemos adotar para mitigar efeitos.
Ricardo defende que o governo do Estado e o setor privado precisam estar juntos na mesma página identificando caminhos para mitigar os efeitos econômicos e sociais, sobretudo na manutenção dos empregos e das oportunidades que todos esses segmentos geram para economia do Espírito Santo.
“Segmentos que são grandes recolhedores de impostos e que contribuem e muito para financiar as nossas políticas sociais”, destacou.
Dentre os principais objetivos do Comitê está a necessidade de ouvir os setores afetados, realizando diálogos com empresários e representantes das indústrias impactadas.
Saiba mais
Segundo estado mais afetado
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, o Espírito Santo é o 2º estado mais afetado, com 28,5% de suas exportações direcionadas aos Estados Unidos. Fica atrás do Ceará, que possui 44,9% de suas exportações destinadas aos EUA.
Objetivos do Comitê
Entre os principais está a necessidade de ouvir os setores afetados, realizando diálogos com empresários e representantes das indústrias impactadas. Além disso, vai avaliar o impacto das tarifas na receita do Estado e dos municípios e como essas medidas influenciam as finanças tanto do governo estadual quanto das administrações municipais capixabas, com o intuito de implementar ações preventivas.
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários