X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Supermercados culpam a indústria por alta de preços


Ouvir

Escute essa reportagem

Arroz, feijão, leite, óleo de soja, trigo. Quem faz compras sabe que esses e outros produtos tão comuns na casa da população estão mais caros. E a própria Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) admite isso.

A Acaps resolveu se manifestar e explicar os motivos para isso. Segundo a entidade, as empresas apenas repassam os aumentos, que são responsabilidade da indústria alimentícia.

O superintendente da Acaps, Hélio Schneider, disse que as fábricas reduziram a produção, devido a períodos de entressafra de alguns produtos e por conta da pandemia do novo coronavírus.

Exemplo é o preço do arroz, cuja embalagem de 5kg, que custava em média R$ 15 no mês passado, e já é encontrado por até R$ 25 em alguns estabelecimentos: “A maior parte dos produtores de arroz, por exemplo, já não tem estoque. Há muita procura e pouca oferta, o preço tende a subir, e no caso do arroz, já observamos um aumento em até 50% no preço,”

Outro fator indicado por Schneider foi a alta tendência à exportação dos produtos nacionais. Segundo ele, a alta do dólar e a recuperação mais rápida de países da Europa e Ásia em relação à pandemia fez com que produtores passassem a focar mais nas exportações.

“As exportações estão muito alavancadas, especialmente do óleo de soja. Os produtores priorizam escoar a soja para um mercado que gere maior rentabilidade”.

O presidente da Acaps, João Falqueto, disse que os supermercados são apenas repassadores de preço, embutindo os seus custos na hora de comercializar as mercadorias.

“Os estabelecimentos não têm responsabilidade sobre os processos de produção. Nossa orientação é para que os supermercadistas não aumentem a margem de lucro praticada antes da pandemia, repassando apenas os aumentos praticados pela indústria”.

Para o economista Ricardo Paixão, muitos empresários tiveram de reduzir sua produção devido a incerteza causada pela pandemia.

“É uma situação que gerou incerteza na produção, o que impactou os preços. Ao mesmo tempo, com outros países se recuperando da pandemia, há uma tendência de que alguns segmentos buscassem as exportações, até pela alta do dólar, que incentiva esse movimento e gera mais lucro ao setor”.

Imagem ilustrativa da imagem Supermercados culpam a indústria por alta de preços
Ruth Tavares Ribeiro |  Foto: Leone Iglesias/AT

Busca por promoção em várias lojas


A diarista Ruth Tavares Ribeiro, de 52 anos, detalhou que chegou a fazer uma pesquisa de preços em vários supermercados antes de realizar suas compras.

Ela se mostrou surpresa com o aumento considerável nos preços do arroz e do óleo de soja, e disse que a mudança de preço durante a pandemia assusta.

“Observei uma mudança drástica nos preços do óleo de cozinha e arroz, principalmente. A gente tenta procurar onde tiver promoção, indo em vários supermercados, mas está bem complicado, porque os preços estão bem altos. Complica bastante nesse período delicado da pandemia, onde as pessoas tem menos recursos. A diferença de antes pra agora assusta”, opina.


Pandemia e alta do dólar são razões

A Federação das Indústrias do Estado (Findes) argumentou que a alta no preço dos produtos está acontecendo devido a pandemia, a alta do dólar e ao fato de o Brasil não ser autossuficiente na produção dos alimentos.

De acordo com o presidente da Câmara dos Alimentos e Bebidas da Findes, Vladimir Rossi, o país passa por uma baixa produção de alimentos como arroz e leite devido a um desestímulo à produção.

“O Brasil não é autossuficiente na produção de aditivos alimentares. Quase todos são produzidos principalmente na China, Europa e EUA. Tivemos uma alta do dólar, e hoje temos baixa produção de arroz e leite, por exemplo, porque houve desestímulo à produção. O mercado é regulado pela lei da oferta e da procura. A questão não é a indústria, é a pandemia, o mercado e a alta do dólar”, explicou Rossi em nota.

Imagem ilustrativa da imagem Supermercados culpam a indústria por alta de preços
|  Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Saiba mais


Aumento do preço

  • Alimentos comuns no dia a dia de consumidores, como o arroz, o óleo de soja, o trigo e o leite registraram alta recente em seus preços nos supermercados.

  • Para se ter uma ideia, um saco de 5 quilos de arroz, que custava em média entre R$ 10 e R$ 16, atualmente é encontrado custando entre R$ 18 e R$ 25 nos supermercados da Grande Vitória.

Justificativas

  • A justificativa para a mudança do preço estaria em três fatores:

  • O primeiro deles é a redução da produção nacional, causado pela pandemia do coronavírus, o que reduziu a oferta do produto.

  • O segundo está na tendência da população em comprar alimentos para se alimentar em casa, ao invés de comer em restaurantes. Isso aumentou a procura ao mesmo tempo em que a oferta diminuiu, aumentando o preço.

  • O terceiro e fator mais destacado foi a exportação dos produtos nacionais e a alta do dólar. No caso, os produtos nacionais estariam com alta demanda no exterior ao mesmo tempo em que o alto valor do dólar torna lucrativo as exportações.

Fonte: Associação Capixaba de Supermercados (Acaps).

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: