Saúde atrai 1.914 negócios com 181 empregos todo mês no ES
Setor atraiu novos investimentos depois da pandemia. Número de contratações cresceu 18,1% em quatro anos
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O período pós-pandemia resultou em mais unidades de saúde, hospitais, ambulatórios e farmácias no Espírito Santo, e também em mais empregos formais no setor de saúde.
É o que mostrou o Levantamento Panorama da Saúde, lançado na segunda-feira (23) pelo Connect Fecomércio-ES. Segundo a pesquisa, de 2020 a 2024, o setor criou uma média de 2.174 empregos por ano — superior a 180 por mês — numa ampliação de 18,1%, passando de 48.068 funcionários em 2020 para 56.766 neste ano.
Já o total de estabelecimentos de saúde no Estado cresceu 27,5%, superando a média nacional, de 21,3%. Segundo o estudo, são instituições em sua maioria privadas, sem convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2020, havia 6.953 estabelecimentos no Espírito Santo. Neste ano, são 9.067.
Os dados divulgados pelo Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac são baseados em informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Ao citar estabelecimentos de saúde, o panorama pontua, principalmente, ambulatórios, unidades de apoio diagnóstico, unidades básica de saúde, farmácias, unidades de reabilitação, centrais de regulação e hospitais.
A coordenadora do Observatório do Comércio, o Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio cita que uma das explicações para o crescimento desses estabelecimentos, nos últimos cinco anos, é a pandemia da covid-19, que criou, em 2020, uma demanda urgente por serviços de saúde adicionais, desde a prevenção — com vacinação e educação — até o tratamento, com hospitalização e cuidados intensivos, e a reabilitação dos pacientes pós-covid.
“Já quanto aos usuários de planos de saúde, uma das razões para o aumento se deve à ampliação de empregos formais registrados no Estado, com a oferta desses benefícios pelas empresas aos seus profissionais”, completou.
Da mesma forma que o número de estabelecimentos, a quantidade de leitos também cresceu 14% nos últimos cinco anos – sendo que os públicos aumentaram 20,45%, os privados, 50,78%, e os particulares com convênio com o SUS, 546,4%. Além disso, o número de beneficiários de planos de assistência médica cresceu 16,5% (de 1.112.080 para 1.295.586) e os usuários de planos odontológicos aumentaram 42% (de 521.314 para 740.442).
O estudo apontou ainda que, de 2020 a 2024, a quantidade de estabelecimentos da atenção básica de saúde diminuiu 31,30% – de 2.836 para 1.681 –, enquanto os de média e alta complexidade aumentaram, respectivamente, 37,34% e 14,57% – ou seja, as instituições de atenção média saíram de 5.470 para 7.513, e as de alta, de 199 para 228.
Alguns dados
Saúde
Levantamento do Panorama da Saúde apontou que, nos últimos cinco anos, o número de estabelecimentos de saúde no Estado cresceu 27,5%, superando a média nacional, de 21,3%.
De acordo com o estudo, são instituições em sua maioria privadas, sem convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2020, havia 6.953 estabelecimentos no Espírito Santo. Neste ano são 9.067.
Vale ressaltar que, desses, 4.608 estão na Grande Vitória. No País, eram 244.926 instituições em 2020, e atualmente são 305.336.
Leitos
Da mesma forma que o número de estabelecimentos, a quantidade de leitos também cresceu 14% nos últimos cinco anos – sendo que os públicos aumentaram 20,45%, os privados, 50,78%, e os particulares com convênio com o SUS, 546,4%.
Empregos
Outro destaque foi para a ampliação de empregos formais no setor de saúde, que subiu 18,1%, passando de 48.068 em 2020 para 56.766 neste ano.
Beneficiários de planos
Além disso, o número de beneficiários de planos de assistência médica cresceu 16,5% (de 1.112.080 para 1.295.586) e os usuários de planos odontológicos aumentaram 42% (de 521.314 para 740.442).
Complexidade
O estudo apontou ainda que, de 2020 a 2024, a quantidade de estabelecimentos da atenção básica de saúde diminuiu 31,30% – de 2.836 para 1.681 –, enquanto os de média e alta complexidade aumentaram, respectivamente, 37,34% e 14,57% – ou seja, as instituições de atenção média saíram de 5.470 para 7.513, e as de alta, de 199 para 228.
O levantamento também mostrou que a região metropolitana concentra a maior parte das instituições de média e alta complexidade, sendo a localidade com mais quantidade de estabelecimentos de atenção básica em relação às demais regiões capixabas.
Comércio Exterior
A Fecomércio-ES também lançou o Panorama do Comércio Exterior, com dados do setor desde o início do ano.
Indicadores do setor apontam que a movimentação no Espírito Santo cresceu 41,2% no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023. O volume das importações teve alta de 72,2%.
No acumulado de janeiro a junho deste ano, o comércio exterior do Estado teve um saldo negativo na balança comercial por conta do valor dos produtos importados, que foi maior do que os exportados.
Dos itens enviados ao exterior, destacam-se o minério de ferro e produtos semiacabados de ferro e aço, café não torrado, celulose, óleos brutos crus de petróleo ou de minerais, cal e cimento, ou seja, basicamente dos setores de mineração, agricultura, indústria petrolífera e manufatura.
Já os artigos importados pelo capixaba são, principalmente, automóveis, veículos para transporte de mercadorias e usos especiais, aeronaves e seus equipamentos e carvão.
Importação supera vendas e é oportunidade, diz especialista
A Fecomércio-ES também lançou, no mesmo dia, o Panorama do Comércio Exterior, com dados do setor desde o início do ano, que mostram um aumento na movimentação de 41,2% no comércio exterior do Estado, em relação ao primeiro semestre de 2023.
Segundo o levantamento, o volume das importações foi o destaque, com aumento de 72,2%. No acumulado de janeiro a junho deste ano, o comércio exterior do Estado teve saldo negativo por conta do valor dos produtos importados, que foi maior do que os exportados.
A coordenadora do Observatório do Comércio, o Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio, explicou que o saldo negativo na balança comercial capixaba foi de US$ 2,31 bilhões. Segundo ela, isso ocorreu porque o valor das importações chegou a US$ 7,54 bilhões enquanto as exportações somaram US$ 5,23 bilhões.
“Esse resultado é devido ao grande aumento no volume de importação de veículos a partir de setembro de 2023, tanto de passageiros quanto de transporte de mercadorias e de aeronaves, que são produtos de alto valor agregado”.
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