Porto chinês no Peru pode ajudar o Brasil
Megaprojeto deve encurtar em um terço o tempo médio que a produção brasileira leva para chegar ao Oriente
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Um novo porto que a China constrói no Peru pode ser uma porta do Brasil para o Pacífico, com um potencial de gerar ganhos significativos para as exportações nacionais. Por ali, devem ser escoados rumo à Ásia desde materiais para a transição energética, como o lítio, a alimentos e produtos industrializados.
Ao mesmo tempo, o megaprojeto bilionário deve encurtar em um terço o tempo médio que a produção brasileira leva para chegar ao Oriente.
A empresa chinesa à frente da obra também diz que a iniciativa tem despertado o interesse de empresários brasileiros porque tem o potencial de gerar novos negócios — mas, para tirar proveito disso, o Brasil teria que investir em melhorar sua infraestrutura, dizem analistas.
Com inauguração prevista para o próximo ano, o porto conta com um investimento da China na América Latina de natureza e porte inéditos da China.
Também é uma das principais iniciativas do ambicioso plano de investimentos de Pequim conhecido como One Belt, One Road (Um Cinturão, uma Rota, em tradução livre), ou “Nova Rota da Seda”, que busca transformar a geografia econômica global, como apontam especialistas.
Ao mesmo tempo, a construção do porto de águas profundas, que criará uma nova conexão que vem sendo apelidada de “Xangai-Chancay”, é vista com preocupação pelo governo dos Estados Unidos.
O receio é que isso amplie ainda mais a influência e fortaleça os laços comerciais (e oficiais) de Pequim com países da América do Sul e contribua para que a China controle o fornecimento de materiais críticos na região.
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