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Economia

Novo caso de contaminação de gripe aviária em granja é investigado no RS

Local fica a cerca de 50km de onde foi confirmado o primeiro caso da doença, no dia 16 de maio


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Uma nova suspeita de contaminação de aves por gripe aviária foi identificada no Rio Grande do Sul. A Folha obteve informações sobre o novo caso, que foi reportado por equipes do Mapa (Ministério da Agricultura) nesta terça-feira (3).

O caso suspeito envolve um produtor do município de Teutônia e um frigorífico localizado na cidade de WestFália. São municípios vizinhos, que ficam a cerca de 50 km de Montenegro (RS), onde foi confirmado o primeiro caso da doença, no dia 16 de maio. Até hoje, o caso de Montenegro é a única confirmação de gripe aviária em locais de produção comercial de frango.

Antes do abate, os auditores encontraram animais no frigorífico com alguns sintomas típicos da doença, como secreção ocular e nas narinas, além de problemas com coordenação motora e torcicolo. Aves foram colhidas para investigação laboratorial.

Na manhã desta quarta-feira (4), a Coordenação do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa pediu informações detalhadas sobre o frigorífico onde a situação foi identificada, incluindo a quantidade de produto em estoque produzido no dia anterior.

Os auditores farão um termo de apreensão cautelar desse material, devido à suspeita de Influenza Aviária verificada no momento do exame das aves.

O planejamento total do abate programado para o dia 3 envolvia um total de 12.524 aves do mesmo produtor de Teutônia. O número de animais remanescentes deste mesmo lote chegava a 37.571 aves. A idade dos animais, segundo dados obtidos pela reportagem, era de 43 dias.

O Mapa foi procurado pela reportagem, mas não se manifestou até a publicação deste texto.

Na semana passada, ao comparecer à Comissão de Agricultura do Senado, o ministro do Mapa, Carlos Fávaro, pediu "paciência", ao se referir aos pedidos de fim de embargos envolvendo a gripe aviária, detectada no município de Montenegro (RS), em 16 de maio.

O prazo para o fim do "vazio sanitário", que começou na semana passada, prevê 28 dias para definir a erradicação total da doença na região, o que ocorrerá em 19 de junho, casa nenhum novo caso se confirme.

A OMSA ( Organização Mundial de Saúde Animal) mudou seu entendimento sobre o alcance do surto de influenza aviária no Brasil e passou a reconhecer oficialmente que o caso está restrito à região do município de Montenegro, em vez de se tratar de um problema nacional. O embargo nacional ligado à gripe aviária, porém, segue em vigor em mais de 40 países, incluindo China e União Europeia.

Há duas semanas, a Seara, empresa do Grupo JBS, fez o abate emergencial de 67,1 mil frangos que estavam alojados em uma granja da empresa, numa área próxima do foco de gripe aviária identificado no município de Montenegro. O descarte das aves foi autorizado pelo Mapa.

O número de frangos descartados pela Seara foi bem maior do que o abatimento realizado em Montenegro. Até sexta-feira (23), um total de 8.747 aves tinham sido eliminadas na área específica onde foi confirmado o foco da gripe aviária. Dessas aves, 7.389 tinham sintomas da doença. Outras 1.358 foram eliminadas posteriormente, como medida de precaução.

A decisão de se desfazer dos animais se deve à proximidade com o foco da doença. A granja que armazenava os frangos fica a apenas 6,5 km de distância do ponto central do caso. O protocolo sanitário determina que uma série de medidas sanitárias sejam tomadas em um raio de até 10 km do local de confirmação da doença. A companhia do Grupo JBS declarou que, "ainda que não fosse obrigada a fazê-lo pelas normas sanitárias, a Seara voluntariamente solicitou o abate das aves mencionadas por razões comerciais e de lógica de produção".

As medidas para conter os riscos de disseminação da gripe aviária já resultaram, também, na destruição de 20 milhões de ovos férteis. Em menos de uma semana, foi destruído um volume equivalente a cerca de 5% da exportação anual desses ovos férteis.

Fora das granjas comerciais, um novo caso foi confirmado com animais silvestres nesta terça-feira (3). O governo do Distrito Federal declarou que o exame de um pássaro encontrado morto no zoológico de Brasília deu positivo para a gripe aviária. O pássaro, um irerê, não fazia parte do plantel de animais do zoológico, que está fechado para visitações.

Além do caso no zoo de Brasília, o vírus H5N1, da gripe aviária, foi confirmado em animais silvestres do Zoológico de Sapucaia do Sul, no Rio Grande do Sul. Desde 14 de maio de 2025, o parque está fechado para visitação por tempo indeterminado, visando conter a disseminação do vírus e proteger tanto os animais quanto os trabalhadores. Até 20 de maio de 2025, 107 anatídeos, grupo que inclui patos, cisnes e marrecos, tinham morrido no zoológico em decorrência da doença.

O governo tem monitorado todas as situações de suspeita, mas concentra maior preocupação com as fiscalizações nas granjas comerciais e frigoríficos, dado o volume de animais concentrados nestas unidades em todo o país. Em 2023, foi confirmado o primeiro caso de gripe aviária nestes animais silvestres.

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