Nova geração provoca mudanças nas empresas
Para contratar e manter jovens de até 29 anos, há ofertas de trabalho híbrido ou remoto, horário flexível, entre outras ações
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O mercado de trabalho tem deixado para trás o foco “apenas” em bons salários e apostado em outras medidas para captar e reter a geração Z, os nascidos entre 1995 e 2010. Entre as ações estão a flexibilidade, o ambiente inclusivo e os benefícios ligados ao bem-estar e à saúde.
A remuneração não deixou de ser uma preocupação, mas a possibilidade de equilibrar vida pessoal e profissional passou a ser uma das principais exigências dessa faixa etária, que se preocupa mais com o bem-estar e o modelo de vida, aponta o especialista em Recursos Humanos (RH) Elias Gomes.
“As empresas estão, por exemplo, oferecendo modelos de trabalho híbrido ou remoto, horários flexíveis e jornada de trabalho por resultados devido a essa circunstância”, comenta.
Engajamento em causas sociais e ambientais é outra expectativa presente nessa geração. Devido a isso, as corporações têm buscado estruturar ambientes de trabalho de forma inclusiva, com políticas que promovem a sustentabilidade ambiental e a igualdade de oportunidades, diz Elias Gomes.
Essa geração vem ocupando uma fatia cada vez maior do número de postos de trabalho no Brasil, como apontam os dados de uma pesquisa realizada pela consultoria americana ManpowerGroup.
Os jovens de até 29 anos já são o segundo maior grupo entre os trabalhadores do Brasil, com 23% das vagas, à frente da geração X (20%), que são os nascidos entre 1960 e 1979, e dos baby boomers (16%) — nascidos entre 1945 e 1959 —, aponta a pesquisa.
Ainda em maior quantidade de trabalhadores, mas com uma pequena diferença, está a geração Y ou milenium, que nasceu entre 1980 e 1994, com 25% do total.
Murilo Ignácio, de 26 anos, que trabalha na empresa de tecnologia para pagamentos Trustly, relata que o modelo home office é um dos benefícios que ele mais leva em conta.
“Depois que a pandemia acabou, minha maior preocupação era que a empresa pudesse seguir o mesmo caminho de diversas outras de tecnologia: mudar para o trabalho presencial ou flexível. Porém, isso se mantém firme até hoje”, conta.
Esse formato à distância permite que Murilo Ignácio interaja com pessoas do Brasil inteiro e até mesmo do exterior, inclusive tendo um chefe canadense. Essa experiência é outro ponto ressaltado pela gerente de Recursos Humanos da Center RH, Eliana Machado. “É resultado também da modernidade”.
Saiba mais
Engajamento
Segundo a pesquisa, quando se fala de engajamento, a prioridade dos empregadores está voltada à geração Z (30%).
Esse mesmo tema é prioridade para 17% quando o foco é a geração X e 12%, no caso de baby boomers
Trabalho colaborativo
Ambientes de trabalho que incentivam a colaboração entre os diferentes departamentos e equipes a compartilhar ideias e trabalhar juntos para alcançar os objetivos da empresa também é uma estratégia.
Tecnologia
A Geração Z espera que as empresas estejam na vanguarda da tecnologia. As empresas investem em ferramentas digitais que facilitam o trabalho e a comunicação interna.
Fontes: Valor Econômico e especialistas citadas na reportagem.
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