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Economia

Ministério Público investiga Cacau Show por suspeita de más condições de trabalho

Na lista de denúncias estão condições precárias de trabalho, assédio, homofobia, jornadas exaustivas e pressão para participação de rituais


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O Ministério Público do Trabalho de São Paulo abriu inquérito para investigar denúncias recebidas contra a Cacau Show. A assessoria do órgão informa que o procedimento está em fase de apuração e não há processo judicial aberto.

As denúncias foram apresentadas no último dia 16 e estão com a procuradora Patricia Mauad Patruni Isotton, em Itapevi, na Grande São Paulo. Ela afirma, em e-mail obtido pela reportagem, planejar uma audiência para as próximas semanas.

A denúncia foi enviada pela Associação União de Franqueados, que representa donos de lojas da Cacau Show. A entidade coletou depoimentos de funcionários e ex-funcionários da indústria da Cacau Show e do resort Bendito Cacao, em Campos do Jordão, no interior de São Paulo. Na lista de denúncias estão condições precárias de trabalho, assédio, homofobia, jornadas exaustivas e pressão para participação de rituais.

A procuradora recebeu também cópias dos livros "A Doce Amargura", que contam experiências de franqueados da Cacau Show. A trilogia foi escrita por Náira Alvim Passionoto, ex-dona de loja da franquia, sob o pseudônimo de Helena do Prado.

Procurada, a Cacau Show disse não medir "esforços para ouvir e resolver qualquer ponto relatado por franqueados, colaboradores, parceiros e consumidores".

"Contamos com um canal de denúncia gerido por empresa independente, que garante anonimato e imparcialidade. As denúncias são rigorosamente apuradas e resultam em medidas cabíveis sempre que necessário. Reforçamos nosso compromisso de continuar investigando todos os casos com seriedade, para assegurar um ambiente ético, respeitoso e transparente", afirmou a empresa em nota.

Como a Folha de S.Paulo publicou no último sábado (31), franqueados e ex-franqueados da rede fazem uma série de críticas à rede, de taxas consideradas abusivas, ameaças veladas ou diretas recebidas de consultores da empresa, multas teoricamente inexplicáveis e culto à personalidade do fundador da empresa e CEO, Alexandre Costa.

Todas as acusações são consideradas falsas pela Cacau Show, que tem mais de 4.600 unidades no país, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising).

Nesta segunda-feira (2), a empresa enviou mensagem aos franqueados e ao time de vendas, mas sem abordar as reclamações apresentadas. Disse apenas que os conteúdos divulgados "não representam o que somos".

"Quero deixar claro que rejeitamos veementemente qualquer afirmação ou acusação que vá contra os valores que sempre nos guiaram", afirma o texto assinado por Alexandre Costa.

No mesmo dia, Náira, a Helena do Prado, recebeu comunicado da Cacau Show rescindindo o contrato de sua loja em Rancharia, no interior de São Paulo. A empresa disse que a tentativa de venda do estabelecimento não deu certo e que não há mais interesse "na continuidade da relação estabelecida no contrato de franquia". A unidade foi fechada.

RAIO-X | CACAU SHOW

Fundação: 1988, na Casa Verde, zona norte de São Paulo

Lojas: 4.661; 4.287 franqueadas e 374 próprias; grupo também tem hotéis e parque de diversão Revendedores: 81,5 mil

Produção: capacidade para 30 mil toneladas ao ano

Faturamento: R$ 5,3 bilhões em 2023

Principais concorrentes: Kopenhagen, Lindt, Dengo e Brasil Cacau

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