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Economia

Mercado naval: pilotos de navio recebem até R$ 20 mil por mês

Profissão tem ganhado visibilidade nas redes sociais


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Ser piloto de navio é uma verdadeira vocação para quem busca aventura e desafios no mar. Normalmente trabalham 28 dias embarcados e, depois, tem 28 dias de descanso em casa.

Ou seja, ao longo do ano, eles tem seis meses de trabalho e seis meses de descanso. E os salários iniciais podem alcançar até R$ 20 mil, segundo Carlos Müller, presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar).

Dados do Ministério do Trabalho e Emprego apontaram que o salário médio de admissão de um oficial de quarto de navegação da marinha mercante foi de R$ 8.197 em 2024. Mas salários iniciais podem chegar à faixa de R$ 15 mil a R$ 20 mil, com maiores ganhos na indústria de petróleo e gás, detalhou Müller.

Segundo dados da Diretoria de Portos e Costas Marinha do Brasil, nos postos mais altos da carreira de oficiais de náutica, as mulheres são minoria: 10,2% entre capitães de cabotagem e 1,78% entre capitães de longo curso.

A maioria das empresas de navegação brasileira pratica a escala 1x1 — uma das “melhores práticas” globais na organização do trabalho, destacou Cláudio Menezes, gerente executivo da Transpetro.

Para entrar na Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM), é preciso passar por testes práticos e teóricos. Após o primeiro ano de formação básica, os alunos escolhem sua área de especialização e completam mais dois anos de estudos. Em seguida, passam por um estágio prático de um ano a bordo, geralmente em alto-mar.

Ao concluir o curso, ganham título de bacharéis em ciências náuticas e assumem funções de segundo oficial de náutica ou de máquinas.

A profissão tem ganhado visibilidade nas redes sociais, mas ainda é marcada por desafios como os longos períodos longe da família e exigências rigorosas de capacitação, destacou o presidente do Sindmar.

“É uma carreira globalizada, com padrões regulatórios internacionais, o que demanda constante atualização”, disse.

Apesar disso, ele reforçou o crescimento no setor marítimo, impulsionado por atividades como a exploração de petróleo e o transporte de cargas.

Entre as modalidades de atuação de um piloto, está a cabotagem, a navegação entre portos brasileiros; o longo curso, que envolve viagens internacionais; e o apoio marítimo, ou offshore.

Outra profissão que tem atraído interessados é a de prático de navio, com salários que chegam a até R$ 300 mil por mês, segundo estimativas de mercado.

"Esse trabalho me escolheu"

Imagem ilustrativa da imagem Mercado naval: pilotos de navio recebem até R$ 20 mil por mês
Eleni Barbosa |  Foto: Acervo pessoal

Eleni Barbosa, 47 anos, completa este ano 25 anos de formada na Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM). Filha de mãe solo, fez parte da primeira turma que formou mulheres no País e hoje é pilota de navio.

“Não decidi por esse trabalho. Acredito que tenha sido ele que me escolheu. No início foi um pouco complicado por eu ser filha única”.

Ela destacou que quando se formam em Bacharel em Ciências Náuticas, saem da escola como tenente, e vão mudando de categoria. “Hoje sou comandante numa empresa que atua no TVV (terminal de Vila Velha) em navios de contêiner”.

Pilota navio de apoio no setor de petróleo e gás

Imagem ilustrativa da imagem Mercado naval: pilotos de navio recebem até R$ 20 mil por mês
Bianca Espírito Santo Barbosa |  Foto: Acervo pessoal

Atraída pela paixão que tem pelo mar, Bianca Espírito Santo Barbosa, de 34 anos, é formada em Bacharel em Ciências Náuticas pelo CIAGA, instituição da Marinha do Brasil que forma oficiais para a Marinha Mercante. Ela contou que se formou em 2011, começou a embarcar em 2012 e após 365 dias de estágio se tornou oficial de náutica (piloto).

“Com muita pesquisa encontrei esse curso que se encaixou em tudo que eu queria. Em todos esses anos de mar passei por vários tipos de navio e hoje estou como imediato (primeiro oficial) em um navio multipropósito que faz diversos serviços de apoio na área offshore no setor de óleo e gás”, destacou.

SAIBA MAIS

Pilotos de navio

> Profissão exige diploma da Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM), instituição de ensino superior que forma oficiais para a Marinha Mercante, tem ganhos e progressão de carreira promissores — mas também desafios, como o impacto dos dias em alto-mar na vida social.

R$ 8.197

> Foi o salário médio de admissão de um oficial de quarto de navegação da marinha mercante em 2024, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Essa é a função inicial de um oficial de náutica em uma tripulação de navio.

> Mas esta é uma média, já que segundo Carlos Müller, presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar), os salários iniciais podem chegar à faixa de R$ 15 mil a R$ 20 mil, com maiores ganhos na indústria de petróleo e gás.

> Os benefícios também costumam ser atraentes, com políticas internas de progressão de carreira, plano de saúde, previdência privada e auxílio educacional.

Carreira

> A EFOMM forma oficiais em dois cursos: náutica e máquinas. Os oficiais de máquinas cuidam da operação e manutenção dos sistemas de máquinas do navio.

> Os oficiais de náutica, como Karine Granato, são responsáveis pelo uso dos equipamentos de convés, navegação e comunicações de bordo. “Piloto de navio” é a denominação informal para esses oficiais.

> Além da pilotagem, os oficiais de náutica podem atuar como inspetores de segurança em terminais aquaviários, navegadores em portos com sistemas de VTS (Vessel Traffic Services, ou Serviços de Tráfego de Embarcações, em português) e nas tripulações de navios de passageiros.

> Considerando a hierarquia na carreira de oficial de náutica, os postos, do mais baixo ao mais alto, são: segundo oficial de náutica; primeiro oficial de náutica; capitão de cabotagem; e capitão de longo curso.

> O avanço nesses postos depende do tempo de embarque e, em alguns casos, da realização de cursos de aperfeiçoamento (como para se tornar capitão de cabotagem).

> Em uma tripulação, a hierarquia dos oficiais de náutica é dividida, da função mais baixa à mais alta, entre oficial de quarto de navegação (posto que pode ser ocupado por segundo oficial de náutica ou primeiro oficial de náutica); imediato (primeiro oficial de náutica ou capitão de cabotagem); e comandante (capitão de longo curso).

Fonte: Marinha do Brasil e BBC.

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