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Economia

Investimento da Samarco vai criar 3 mil empregos no ES. Veja oportunidades

Mineradora contratou ao menos uma empresa para o serviço, cujo orçamento é bilionário e visa chegar a 100% da capacidade produtiva


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Imagem ilustrativa da imagem Investimento da Samarco vai criar 3 mil empregos no ES. Veja oportunidades
Instalações da Samarco em Anchieta, que planeja chegar ainda neste ano a produzir 15 milhões de toneladas |  Foto: Roberta Bourguignon — 16/12/2021

A Samarco prepara um investimento bilionário para a reativação das Usinas de Pelotização 1 e 2, em Ubu, Anchieta, no litoral sul do Espírito Santo, e já contratou pelo menos uma empresa para realizar o serviço.

A mineira Milplan Engenharia chegou a publicar nas redes sociais postagem em comemoração pela “conquista na cidade de Anchieta (ES)”. Uma fonte da mineradora, contudo, garante que haverá a contratação de mais companhias, incluindo empresas do Espírito Santo.

Empresários dizem que o serviço no Estado vai criar cerca de 3 mil vagas de empregos, sendo aproximadamente mil no primeiro semestre deste ano e 2 mil a partir do segundo semestre.

A Milplan divulgou que está em busca de profissionais, com um link para os interessados em trabalhar na planta em Ubu.

Produção

Em manifestação oficial após ser procurada pela reportagem, a Samarco informou que, ainda neste ano, “estima alcançar a produção de 15 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério com a reativação do segundo Concentrador e da segunda Pelotizadora, além da implementação de mais uma planta de filtragem de rejeitos no Complexo de Germano (MG)”.

“Esse volume representa o dobro da produção registrada durante o primeiro ano de retomada (2020). O investimento total nessa nova etapa, seguindo o planejamento pautado pela segurança e sustentabilidade, foi de R$ 1,6 bilhão”, informa a empresa.

Segundo o comunicado, o próximo passo será alcançar 100% da capacidade produtiva instalada até 2028.

“O projeto para essa fase contempla o retorno da operação do próximo Concentrador, em Germano, e das Usinas de Pelotização, em Ubu, além da construção de mais uma expansão da planta de filtragem em Minas Gerais.”

O investimento total no Espírito Santo e em Minas Gerais será, conforme revelou o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, em entrevista à Bloomberg News em dezembro do ano passado, superior a US$ 1 bilhão (R$ 5,85 bilhões). Extraoficialmente, uma fonte da Samarco destacou que a mineradora não é a responsável pelas contratações, que ficam a cargo das companhias contratadas pelo serviço.

Cargos com salários que chegam a 15 mil reais

Engenheiros, soldadores, mecânicos montadores, operadores de máquinas, caldeireiros, programadores, controladores de obra e eletricistas estão entre alguns dos profissionais que serão contratados para atuar nas obras de reativação das usinas da Samarco no sul do Estado.

As vagas seriam para profissionais com nível médio, técnico e superior. O salário, segundo empresários do ramo no Espírito Santo, pode variar de R$ 2,5 mil a R$ 15 mil, a depender do cargo.

Paulo Baraona, presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), destacou que a indústria capixaba e nacional é uma grande geradora de riqueza, de empregos e de oportunidades para todos os setores econômicos.

“A retomada da produção da Samarco é de extrema importância para a economia capixaba. Investimentos como esse tem um papel primordial porque movimentam a cadeia de fornecedores, a geração de empregos e de renda para a população capixaba”.

ENTENDA

Paralisação em 2015

A Samarco teve de paralisar sua produção em 2015 por conta da chamada “Tragédia de Mariana”, desastre ambiental que atingiu mais de 300 famílias. As operações foram paralisadas e retomadas somente em 2020, e desde então a empresa tem reativado gradualmente suas usinas.

Como está atualmente?

A empresa ampliou, no ano passado, de 30% para 60% de sua capacidade produtiva total, e encerrou o ano com a marca de 9,7 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro produzidas em 2024.

No acumulado, desde a retomada das atividades operacionais da empresa, em 2020, até dezembro passado, a produção chegou a 35, 41 milhões de toneladas, com 360 navios embarcados.

Em 2025,a Samarco estima alcançar a produção de 15 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério com a reativação do segundo Concentrador e da segunda Pelotizadora, além da implementação de mais uma planta de filtragem de rejeitos no Complexo de Germano (MG). Esse volume representa o dobro da produção registrada em 2020.

O objetivo da Samarco é retornar à capacidade total até 2028. Segundo a empresa, para isso, o projeto é retornar com a operação do próximo Concentrador, em Germano, e das Usinas de Pelotização, em Ubu, além da construção de mais uma expansão da planta de filtragem em Minas Gerais.

Recentemente, a empresa anunciou que planeja investir mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,85 bilhões) para concretizar esse plano.

Cadastro e cargos

Segundo a Samarco, parte dos profissionais que vão atuar na obra para reativação serão contratados via empresa mineira Miplan, que divulgou o site para envio de currículos de interessados: https://www.milplan.com.br/pessoas-e-carreiras/

Empresários do segmento no Estado disseram que entre os profissionais que serão contratados estão: soldadores, mecânicos montadores, caldeireiro, eletricista, operador de máquinas pesadas, motoristas, engenheiro mecânico, engenheiro eletricista, engenheiro de manutenção, técnico em segurança do trabalho e programador, controlador e supervisor de obra.

Prefeito quer diálogo por empregos para moradores

Prefeito de Anchieta, Leonardo Abrantes, falou da felicidade da reativação das Usinas de Pelotização 1 e 2, em Ubu, mas defendeu diálogo com a Samarco por contratação de empresas capixabas, e assim, de empregos locais.

“Embora seja oportunidade de criar emprego e renda para todo o Estado – estão sendo estimados pelo menos 2 mil no pico da obra – há preocupação, pois é preciso que empresas capixabas possam fazer parte do processo. A gente vê um movimento, com todo respeito aos mineiros, da empresa mineira que foi contratada para o serviço.”

Ele aguarda diálogo com a Samarco para incentivar que empresas e profissionais do Estado, sobretudo Anchieta, Guarapari e Piúma, possam participar.

“O mercado capixaba tem capacidade de participar desse projeto. As empresas locais já conhecem toda a mão de obra local. É normal uma empresa mineira participar da concorrência, mas acaba trazendo trabalhadores de outro Estado para cargos importantes. Mas estou otimista com esse diálogo.”

Assim como ele, empresários demonstraram descontentamento com a escolha de uma empresa de fora do Estado e preferiram não se manifestar de maneira oficial.

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