X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Falta de materiais de construção deixa reformas mais caras


Ouvir

Escute essa reportagem

Fazer reformas em casa está ficando mais difícil. Há materiais de construção em falta e o preço deles está cada vez mais caro. E o mês de outubro foi o quarto consecutivo este ano com alta no valor desses produtos.

Um levantamento do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon-ES) comprova que o aumento está ocorrendo em uma série de produtos que integram o chamado Custo Unitário Básico (CUB), indicador monetário que mostra o custo básico de produtos da construção civil.

O acumulado em 2020 foi de 7,13%, sendo que em 2019 o aumento, no mesmo período, havia sido de 4,88%. Ou seja, o metro quadrado do CUB médio saltou de R$ 1.678,36 no ano passado para R$ 1.804,21 em 2020.

A esquadria feita de alumínio, por exemplo, custava R$ 409,94 em outubro de 2019, e saltou para R$ 490 em outubro deste ano.

Imagem ilustrativa da imagem Falta de materiais de construção deixa reformas mais caras
Cristiano Zanetti Monjardim está com dificuldades em fazer a reforma na casa por causa da alta dos materiais de construção |  Foto: Dayana Souza/AT

Já o concreto, que era encontrado por R$ 285 por metro cúbico, agora já está a R$ 329,50. O metro cúbico da areia média, por sua vez, foi de R$ 67,50 para R$ 80.

O diretor comercial da Perfil Alumínio, Alexandre Casasto, diz que o preço do alumínio teve alta de 47%, o que explica o aumento no valor de produtos derivados. Ele explica que a falta de produtos no mercado ocorre devido a uma tendência das matérias-primas serem exportadas.

“Como o dólar está alto, é mais interessante para quem produz a matéria-prima exportar para outros países. Aí, o abastecimento interno fica prejudicado, o que causa escassez dos produtos e aumento dos preços. Está acontecendo com vários outros metais também, como o é o caso do cobre”.

O presidente da Sinduscon-ES, Paulo Baraona, destaca que esse problema atinge não só quem deseja fazer reformas, mas também a construção civil, o que encarece até os preços dos novos imóveis.

“As indústrias diminuíram a produção e, com a pandemia, mais pessoas procuraram esses materiais para fazer reformas em casa. Ao mesmo tempo, o setor imobiliário teve uma demanda alta, porque o financiamento imobiliário se tornou opção de investimento interessante. Isso tudo fez o preço dos materiais disparar, o que afeta o preço final do imóvel”.

Dificuldade de encontrar os produtos

A dificuldade de encontrar materiais de construção com preços em conta atrapalhou a reforma que o proprietário de casa de hospedagem Cristiano Zanetti Monjardim iria fazer na residência do pai.

Monjardim relata que produtos como tintas, lajotas e vigas estão ou em falta nas lojas ou com preços altos. Ele chegou a rodar a capital para pesquisar produtos com preços mais baratos.

“Está complicado. Conversando com funcionários das lojas, eles me relatam que alguns produtos estão em falta, e o que vejo são preços muito acima do que estavam antigamente. A lajota custava 90 centavos e agora está quase R$ 1,20, por exemplo. Isso atrasa bastante a obra, porque ou não tem ou está caro”.


SAIBA MAIS


Custo Unitário Básico

  • O Custo Unitário Básico (CUB) é o indicador monetário que mostra o custo básico dos produtos para a construção civil.
  • Em 2019, o metro quadrado do CUB médio estava custando R$ 1.678,36.
  • Já em 2020, o preço da soma dos produtos básicos do setor saltou para R$ 1.804,21.

Comparativo 2019 x 2020

  • A esquadria, que em outubro de 2019 custava R$ 409,94, saltou para R$ 490 em outubro de 2020.
  • Já o metro cúbico do concreto foi de R$ 285 para R$ 329,50
  • Já o metro cúbico da areia média foi de R$ 67,50 para R$ 80.
Fonte: Sinduscon-ES

Preços devem estabilizar em 2021

A expectativa do setor de construção é de que o preço dos materiais de construção parem de subir no ano que vem, quando a indústria voltar a normalidade e a oferta dos produtos volte a um patamar normal.

Imagem ilustrativa da imagem Falta de materiais de construção deixa reformas mais caras
Paulo Baraona disse não se lembrar de juros tão baixos e previu aposta maior em imóvel como investimento |  Foto: Dayana Souza — 19/09/2018

Para o diretor da Perfil Alumínio, Alexandre Casasto, a tendência é de que os preços dos produtos derivados de metais como alumínio e cobre sigam aumentando até dezembro, e depois haja uma estabilização ou mesmo queda.

“A falta dos produtos no mercado interno por conta da exportação é um dos maiores motivos dessa alta. Creio que, pelo menos no ramo dos metais, a situação se normalize já a partir de janeiro do ano que vem”.

Já na opinião do presidente da Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon-ES), Paulo Baraona, os preços até irão parar de subir a partir de 2021, mas não devem cair, apenas se estabilizarão.

“Como a situação de oferta e demanda não ficou equilibrada, a alta está acontecendo. Mas a partir de janeiro, a situação deve se normalizar, com maior abastecimento interno por parte da indústria. Só que não creio que os preços voltem ao pamatar anterior. Para mim, a tendência é de que o preço de todos os produtos, ou pelo menos da maioria deles, fiquem próximos do preço atual”.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: