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Economia

Empresas mudam produtos de olho nas mulheres solteiras

Número de mulheres que escolhem viver sozinhas tem crescido, levando à adaptação de alimentos a investimentos e imóveis


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O mundo está mudando e, com ele, a forma como as mulheres encaram suas vidas e escolhas. Com o número de consumidoras solteiras aumentando, mudam as formas de consumo e necessidades. E os mercados imobiliário, de investimentos e de alimentação, por exemplo, têm feito adaptações para atender esse perfil.

O potencial de consumo das mulheres solteiras e sem filhos é enorme. Elas têm mais liberdade financeira para gastar consigo mesmas e para investir em educação, lazer e cuidados com a saúde, por exemplo.

O relatório “Rise of ShEconomy”, do banco Morgan Stanley, chegou a apontar até uma projeção: até 2030, quase metade das mulheres entre 25 e 44 anos serão solteiras e sem filhos.

No mercado imobiliário, um dos exemplos em Vitória é o Youniverse — empreendimento imobiliário assinado pela Nazca e Apex, na Enseada do Suá, que contará com unidades como o YouStudio, de 39 metros quadrados, e o YouPlex, com pé-direito alto e opção de mezanino, além de comodidades que facilitam o “morar sozinho”.

“O projeto combina conforto e inteligência em espaços funcionais, ideal para quem valoriza praticidade e conveniência, sem abrir mão da sofisticação”, disse um dos diretores da Nazca, Breno Peixoto.

O vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado (Ademi-ES), Alexandre Schubert, destacou que a Geração Y (ou Millennials, nascidos entre 1981 e 1996) é a faixa de idade que mais está buscando moradias sozinhas.

“Vão buscar imóveis que tenham serviços agregados, como cuidadores, babás, compartimentos para receber compras, mesmo não estando em casa, além de conectado com a questão ambiental e com área fitness, por exemplo. São imóveis com um ou dois quartos, com espaço adequado, mas não excessivo”, explicou.

Entre outras mudanças que o setor da habitação vivenciou, com a migração para imóveis menores, foi a ampliação das áreas de lazer, que agora servem como um espaço de convívio entre moradores.

Outro ponto de destaque são os investimentos. Levantamento da 3P, escritório de investimentos do BTG, mostra predomínio de mulheres solteiras quando o assunto é investimento.

Em todas as faixas etárias, a maioria das mulheres investidoras é solteira. O percentual de solteiras é mais acentuado entre as mais jovens (94% até 30 anos) e diminui gradualmente com a idade (51% na faixa 50+).

Pedro Lang, diretor de produtos da Valor Investimentos, contou que o potencial é esse perfil de investidoras seguir crescendo cada vez mais.

Porções reduzidas

Imagem ilustrativa da imagem Empresas mudam produtos de olho nas mulheres solteiras
Ariel Morena compra porções reduzidas |  Foto: Fábio Nunes / AT

Por morar sozinha, a publicitária e cantora Ariel Morena, 30, contou que compra porções mais reduzidas de alimentos. Além disso, tem foco do orçamento no seu autocuidado. “Faço compra semanalmente, e sempre compro porções mais reduzidas. A questão era que, por exemplo, antes, quando fazia feira e comprava bacia de frutas ou legumes, era muito e acabava estragando. Hoje faço feira no mercado mesmo e me atende direitinho”.

Ela destaca que o foco do orçamento familiar é ela mesma. “Como não tenho despesas com outras pessoas ou itens para outra pessoa como prioridade, é natural que o mercado seja mais focado em mim”, explicou.

Setores de olho

Imóveis

O setor imobiliário é um dos mais beneficiados por essa nova realidade. Isso acontece porque o desejo de morar sozinho vai além do espaço físico: é uma busca por independência e equilíbrio pessoal.

Ou seja, a procura por moradias menores cresce, impulsionada pela necessidade de um espaço próprio e pela oferta crescente desse tipo de imóvel.

Investimentos

Em todas as faixas etárias, a maioria das mulheres investidoras é solteira. O percentual de solteiras é mais acentuado entre as mais jovens (94% até 30 anos) e diminui gradualmente com a idade (51% na faixa 50+).

O perfil das mulheres investidoras é de solteiras, mais novas e que assumem maiores riscos. Essa faixa etária é especialmente favorável ao investimento mais agressivo.

Alimentos

No segmento de alimentos, algumas mudanças são, por exemplo, alimentos prontos ou pré-preparados e embalagens menores para produtos.

A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) estima que esse público movimente R$ 85 bilhões por ano com alimentos e bebidas. Também aponta que estão cada vez mais conscientes do desperdício alimentar e optam por comprar apenas o necessário.

Serviços

Serviços personalizados e produtos que atendem ao desejo de praticidade e conforto, como dispositivos de automação residencial, móveis compactos e soluções de organização.

Serviços de saúde personalizados, como academias, clínicas de estética, nutricionistas e médicos especializados. Além disso, as terapias alternativas, a meditação e os produtos orgânicos têm se expandido.

Transformações

> Morar sozinho tem se tornado uma escolha de vida para um número cada vez maior de brasileiros. Entre os motivos está ter mais independência financeira, desfrutar de uma melhor qualidade de vida, viver uma nova experiência de vida, ter mais controle sobre a própria rotina, ter mais responsabilidade e organização e ter mais privacidade e tranquilidade.

> O segmento de varejo e da publicidade, bem como as marcas em geral, passam por transformações para criar um repertório e comunicação que valorize a autonomia e o bem-estar de quem vive só. É fato que a taxa de natalidade e a expectativa de vida (longeva) pode afetar a economia no longo prazo.

> Desta forma, o aumento de pessoas morando sozinhas, especialmente mulheres solteiras com independência financeira, está moldando novos padrões de consumo e desafiando setores tradicionais a se adaptarem. Compreender esse público e suas necessidades é essencial para empresas que buscam se destacar em um mercado em transformação.

Tecnologia

> O uso de tecnologia facilita também a vida dessas mulheres, como aplicativos de organização de rotina, plataformas de ensino à distância, e-commerce focado em produtos de bem-estar e saúde, e tecnologias para casas mais conectadas e inteligentes. A personalização, tanto no atendimento quanto nas ofertas, é um ponto chave para essas mulheres.

Fonte: Marcelo Loyola Fraga, Alexandre Schubert, Maria Rita Sales Régis, Abia e Agência Estado.

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