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Economia

Dólar fecha em queda na primeira sessão do ano, cotado a R$ 6,16

Moeda norte-americana chegou a bater R$ 6,226 na máxima do dia, mas perdeu fôlego e virou para queda no início da tarde


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Imagem ilustrativa da imagem Dólar fecha em queda na primeira sessão do ano, cotado a R$ 6,16
Dólar fecha em queda na primeira sessão do ano, cotado a R$ 6,16 |  Foto: Divulgação

O dólar fechou cotado a R$ 6,1627 nesta quinta-feira (2), primeira sessão de 2025. A queda de 0,27% aconteceu em meio a apostas iniciais dos investidores para o ano, com o cenário fiscal brasileiro e as perspectivas para a economia global em foco.

A sessão, marcada pela baixa liquidez comum à época, foi também de volatilidade. A moeda norte-americana chegou a bater R$ 6,226 na máxima do dia, mas perdeu fôlego e virou para queda no início da tarde.

Já a Bolsa caiu 0,13%, aos 120.125 pontos. As ações da Petrobras foram destaque, com a disparada de cerca de 2% seguindo a esteira da valorização do petróleo no exterior.

Os investidores se preparam para o ano com as atenções voltadas aos cenários interno e externo.

Por aqui, as perspectivas para o cenário fiscal brasileiro devem continuar sendo o principal foco do mercado neste início do ano. Os receios com o equilíbrio das contas públicas do país foram um dos principais motivos para a disparada do dólar em 2024, que acumulou alta de 27% em relação ao real.

Para os agentes financeiros, o governo tem coberto gastos crescentes com receitas pontuais, o que ameaça a longevidade do arcabouço fiscal.

No meio do ano passado, "começou a ficar claro que várias despesas estavam furando o arcabouço", diz Thais Zara, economista-sênior da LCA Consultores.

"A gente já tinha visto esse filme antes, com o teto de gastos anterior, e as projeções do mercado mostravam que, ao longo do tempo, as contas públicas ficariam de novo sob uma regra insustentável. Quando você tem um endividamento público explosivo em um determinado país e a percepção de que o governo não vai conseguir conter esse crescimento, os investidores se sentem menos confortáveis de investir nele."

Ao todo, 2024 registrou um fluxo cambial negativo de US$ 15,918 bilhões, a terceira maior saída líquida anual de dólares do país na série história do BC (Banco Central) iniciada em 2008. Os dados ainda são preliminares, até o dia 27 de dezembro.

O resultado só perde para os registrados em 2019 e 2020, quando as saídas líquidas foram de US$ 44,768 bilhões e US$ 27,923 bilhões, respectivamente.

A pressão do mercado é por mais cortes nas despesas. No último dia de plenário, 20 de dezembro, o Congresso Nacional aprovou uma série de medidas de contenção de gastos apresentadas pelo Executivo no final de novembro.

A estimativa do Ministério da Fazenda era de uma economia de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026. Mas o pacote foi enfraquecido na tramitação, e cálculos iniciais estimam que até R$ 20 bilhões da conta original vão deixar de ser poupados.

Os parlamentares blindaram emendas obrigatórias contra bloqueios, afrouxaram o comando para combater supersalários, derrubaram boa parte das mudanças no BPC (Benefícios de Prestação Continuada) e excluíram a medida que permitiria à União reduzir os repasses futuros ao FCDF (Fundo Constitucional do Distrito Federal). Eles ainda restringiram a flexibilização em recursos repassados ao Fundeb (Fundo Nacional da Educação Básica).

O mercado já cobra por mais ajustes fiscais, e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou que há espaço para outras contenções.

Da ponta internacional, são dois fatores de pressão, também importados de 2024: a economia dos Estados Unidos sob Donald Trump, que tomará posse no próximo dia 20 de janeiro, e a política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).

Caso cumpra as promessas de campanha, Trump aumentará tarifas e fará deportações em massa. "São medidas consideradas inflacionárias e nada triviais. Vão forçar o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) a manter juros altos e eventualmente até subir a taxa, o que pode pesar ainda mais no dólar", diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

Os juros norte-americanos estão atualmente na faixa de 4,25% a 4,5%, depois de um corte de 0,50 p.p. e outros dois de 0,25 p.p no último semestre. As previsões de uma inflação acelerada com Trump, somadas a dados econômicos mais benignos, fizeram a autoridade monetária sinalizar um ritmo mais lento de flexibilização no próximo ano.

A economia dos EUA é considerada a mais segura do mundo e, em tempos de juros altos, é comum que investimentos saiam de outros países e sejam dirigidos para lá. Isso fortalece o dólar e enfraquece mercados de maior risco, como os emergentes e os de renda variável.

Parte desse movimento foi precificado ainda no final do ano passado. "Houve uma nova escalada diante de várias moedas. O dólar se valorizou mais de 5% entre outubro e novembro em relação a uma cesta de outras seis divisas fortes [índice DXY], o que é muita coisa, e o real capotou nessa história, também pressionado pela cena fiscal", diz Gala.

A previsão é que o dólar continue em patamares elevados em 2025. No último boletim Focus de 2024, economistas consultados pelo BC passaram a prever que a moeda encerrará o ano em R$ 5,96.

"Com Trump, nós esperamos um dólar mais forte no ano que vem, mas o que vai ditar a valorização ou não das outras moedas vai ser a economia de cada país. Para o Brasil, que tem muita volatilidade interna, vai depender do que será feito no fiscal", diz Matheus Massote, sócio da One Investimentos.

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