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Economia

Dólar entra no terceiro dia de baixa nesta quinta

O dólar comercial à vista caiu 1,31%, a R$ 4,941, depois de bater em R$ 4,91 na mínima


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O dólar abriu em queda nesta quinta-feira (13), estendendo uma sequência de perdas que o levou ao menor patamar de encerramento em dez meses na véspera. Os investidores estão atentos a indicadores americanos de inflação e mercado de trabalho. Esta atenção deve aumentar após a ata da última reunião sobre juros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), divulgada nesta quarta-feira (12).

Nesta quinta-feira será divulgado o IPP (Índice de Preços ao Produtor), a inflação industrial dos Estados Unidos. Outro dado que será acompanhado com atenção é o número de pedidos de seguro-desemprego no país.

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Às 10h00 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,26%, a R$ 4,9281 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,13%, a R$ 4,9400.

Depois de chegar a superar os 108 mil pontos, a Bolsa fechou com uma alta mais moderada nesta quarta-feira (12). Os investidores tiraram o pé do acelerador na compra de ações após a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) que definiu a alta de 0,25 ponto percentual na taxa de juros nos Estados Unidos.

Analistas classificaram como duro o tom da ata do FOMC (o comitê responsável pela política monetária nos Estados Unidos). Um dos pontos destacados foi o apoio de alguns membros do comitê a uma alta de 0,50 ponto percentual nos juros.

O Ibovespa fechou em alta de 0,64%, a 106.889 pontos. Na máxima do dia, atingido pouco antes da divulgação da ata do FOMC, o índice bateu a máxima de 108.277 pontos. O dólar comercial à vista caiu 1,31%, a R$ 4,941, depois de bater em R$ 4,91 na mínima. Este é o menor fechamento para a moeda americana ante o real desde o dia 9 de junho de 2022.

No mercado futuro, os juros fecharam com altas moderadas. Nos contratos para janeiro de 2024, as taxas saíram de 13,12% do fechamento desta terça-feira (11) para 13,14%. Para janeiro de 2025, os juros subiram de 11,76% para 11,81%. No vencimento em janeiro de 2027, as taxas saíram de 11,73% para 11,76%.

Vários membros do Fed consideraram, na reunião sobre juros realizada no mês passado, interromper os aumento da taxa até que ficasse claro que a falência de dois bancos regionais não causaria maior estresse financeiro. Mas mesmo estes diretores acabaram concluindo que a inflação alta ainda era a prioridade.

"Alguns participantes destacaram que teriam considerado um aumento de 0,50 ponto percentual (nos juros), na ausência dos desdobramentos recentes no setor bancário", disse a ata.

As projeções dos membros do Fed para os juros indicam uma nova alta de 0,25 ponto na reunião de maio. Mas alguns membros do banco central americano disseram nesta quarta-feira que a desaceleração da economia pode ser suficiente para controlar a inflação.

A presidente do Fed San Francisco, Mary Daly, disse que, embora a força econômica dos Estados Unidos, o aperto do mercado de trabalho e a inflação muito alta sugiram que há "mais trabalho a fazer" em relação aos aumentos dos juros do Fed, outros fatores, incluindo as condições de crédito, podem exigir uma pausa.

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Os preços ao consumidor nos Estados Unidos tiveram leve alta em março com a queda do custo da gasolina, mas os aluguéis altos mantiveram as pressões inflacionárias.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,1% no mês passado, após avançar 0,4% em fevereiro, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (12).

Nos 12 meses até março, o índice avançou 5,0%, o resultado mais fraco desde maio de 2021. Em fevereiro a inflação havia subido.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice de preços ao consumidor aumentou 0,4% no mês passado, após alta de 0,5% em fevereiro. Os aluguéis continuaram a impulsionar o chamado núcleo do índice

Apesar desta desaceleração na inflação, analistas acreditam que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) vai decidir por mais uma alta de 0,25 ponto percentual nos juros na reunião marcada para maio. Além disso, espera-se que o início do ciclo de cortes demore mais para começar, já que o índice de preços ainda está longe da meta de 2% ao ano.

Ao pesar todas as informações, os investidores nos EUA decidiram pela cautela. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,11%. O S&P 500 caiu 0,41%, enquanto o Nasdaq, mais sensível às projeções sobre juros e crescimento, caiu 0,85%.

Outro dado de inflação que ajudou o desempenho da Bolsa nesta quarta-feira é a primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) de abril, com deflação de 0,9%, ante queda de 0,2% na mesma prévia de março, como ressalta a equipe da Mirae Asset em relatório.

O novo arcabouço fiscal também continua sendo um dos fatores que contribuem para este bom momento da Bolsa.

Presidente do conselho de administração e sócio sênior do BTG Pactual, André Esteves diz enxergar de maneira positiva a apresentação do arcabouço fiscal pelo governo.

Segundo o banqueiro, a proposta da nova regra fiscal afasta o risco de o país caminhar em direção ao modelo da Argentina, com uma trajetória insustentável da dívida, e tende a contribuir para mudar o patamar do mercado brasileiro em termos de preços dos ativos na Bolsa, no dólar ou nos juros.

"Eu gostei do arcabouço fiscal. E acho que tem algumas sutilezas que, para mim, são mais importantes ainda do que a medida em si", afirmou Esteves, durante evento promovido pelo BTG Pactual nesta quarta-feira (12).

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