Caixa aumenta juros do financiamento imobiliário
Taxas em linhas ajustadas pela TR (taxa referencial) podem chegar a 12%, com prazo de financiamento máximo de 420 meses
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A Caixa Econômica Federal aumentou as taxas de financiamento imobiliário fora do Minha Casa, Minha Vida de 8,99% para 10,99% ao ano. Segundo o banco, os reajustes estão valendo desde o dia 2 de janeiro e foram aplicados com base em "fatores mercadológicos".
As taxas em linhas ajustadas pela TR (taxa referencial) podem chegar a 12%, com prazo de financiamento máximo de 420 meses.
No caso de linhas contratadas pela poupança Caixa, as taxas consideram a remuneração da poupança com acréscimo de 4,12% a 5,06%. Antes, elas estavam em 3,10% a 3,99%. Seguem o mesmo prazo de meses para o financiamento.
Já a linha de crédito que considera o CDI, cujo rendimento está ligado à movimentação da Selic (taxa básica de juros), as taxas seguem entre 114% e 120% do CDI. Anunciado no final do ano passado pelo banco, o prazo para este tipo de financiamento é de 360 meses.
"A Caixa esclarece que a definição das taxas de juros do banco se baseia na análise da associação de fatores mercadológicos e conjunturais, dentro das regras prudenciais de definição das condições do crédito", afirma o banco em nota.
As taxas para financiamentos que utilizam programas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo do Serviço) e atendem ao Minha Casa, Minha Vida, seguem com as mesmas regras de antes.
As linhas atendem famílias com renda bruta até R$ 8.000 e permanecem entre 4% e 8,16%.
O movimento adotado pela Caixa está em consonância com a postura de bancos privados como Itaú, Santander e Bradesco, que reajustaram suas taxas para o mercado imobiliário no final do ano passado
O financiamento imobiliário de programas que atendem o FGTS são disponibilizados com recursos das cadernetas do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) mostram que, de janeiro a novembro, os financiamentos via SBPE somaram R$ 169,1 bilhões, alta de 23% na comparação com o mesmo período de 2023.
A partir de março, quando o Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu a taxa Selic para 10,75%, a Abecip registrou saltos consideráveis no volume de financiamento repassado aos compradores de imóveis, saindo de R$ 12,9 bilhões em março para R$ 15,7 bilhões já em abril. O pico se deu entre julho e outubro, quando os valores financiados superaram os R$ 18 bilhões.
Apesar de uma queda acentuada de 17,4% em novembro, para R$ 14,9 bilhões, o financiamento imobiliário fechou 2024 em alta --os dados ainda não foram compilados pelo setor.
ALTA DA SELIC DEIXOU SONHO DA CASA PRÓPRIA MAIS CARO
A aceleração nas altas da Selic pelo Copom em 2024 aumentou a pressão sobre um cenário já desfavorável para quem busca financiamento imobiliário.
Utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação, a Selic é uma bússola do mercado para estipular as taxas de juros de suas operações. Em dois dígitos, a nova taxa encarece e dificulta o crédito imobiliário pelos bancos em meio a uma alta demanda.
A elevação da taxa básica interfere no volume de recursos disponíveis na poupança para o crédito imobiliário, do qual é a principal fonte. Quando está alta, outros investimentos ficam mais atrativos e são feitos mais saques do que depósitos da caderneta, sobrando menos recursos para que os bancos emprestem dinheiro a compradores de imóveis.
Os compradores também enfrentam a redução do teto de financiamento pela Caixa Econômica Federal e menos recursos na linha Pró-Cotista em 2025 -modalidade de financiamento que tem juros menores para trabalhadores com contas vinculadas ao FGTS.
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