10 alternativas para conseguir empréstimo mesmo com nome sujo
Bancos e instituições financeiras oferecem 10 alternativas de conseguir crédito ainda que o consumidor esteja negativado
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Muitos que estão com o nome negativado buscam formas urgentes de conseguir dinheiro emprestado, seja para quitar dívidas ou investir em um negócio próprio. No entanto, as opções de crédito disponíveis para quem está nessa situação são mais limitadas, o que pode dificultar a obtenção do empréstimo desejado.
Além disso, as taxas de juros tendem a ser mais altas, uma vez que as instituições financeiras assumem um risco maior de inadimplência ao aprovar empréstimo para quem está com o nome sujo.
Ainda assim, existem várias instituições que oferecem empréstimos para quem está com restrição no CPF, em diversas modalidades. A reportagem listou 10 dessas alternativas. Muitas delas podem ser contratadas na hora, por meio de sites, aplicativos e pelo WhatsApp, com o montante sendo enviado em poucos minutos, via Pix.
Entre as principais opções do mercado estão a antecipação do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o empréstimo que utiliza algum bem como garantia e também o consignado, voltado principalmente para servidores, aposentados e pensionistas do INSS.
Apesar da grande oferta disponível no mercado, é preciso ficar atento às condições e taxas de juros cobradas nesses tipos de empréstimos. O economista Ricardo Paixão orienta sempre fazer uma avaliação criteriosa da situação financeira, para que o novo empréstimo não comprometa ainda mais o orçamento de quem o contrata.
“Se a pessoa não tiver conhecimento sobre o assunto, das taxas cobradas, por exemplo, pode buscar o auxílio de um economista. Nosso Conselho de Economia oferece orientação gratuita. Além disso, os Procons, tanto municipal quanto estadual, têm uma área específica para dar esse auxílio”.
Ricardo Paixão orienta a pessoa a dar preferência a instituições financeiras mais conhecidas e com mais tempo de mercado, além de ficar atento ao custo efetivo total (CET) da operação, que envolve as taxas de juros e outras cobranças.
“O custo efetivo total é o que tem que ser levado em consideração na hora de comparar as linhas de crédito, pois uma instituição pode anunciar que tem as menores taxas de juros, mas na verdade incluir outras tarifas, que encarecem o crédito. O consumidor deve procurar saber qual é esse custo e a financeira tem obrigação de oferecer essa informação”.
ALTERNATIVAS DE EMPRÉSTIMO
1 - Garantia de FGTS
É uma modalidade em que o trabalhador com carteira assinada — ou quem está desempregado, mas tem saldo em conta inativa — pode antecipar o saque-aniversário do FGTS em uma única parcela. Ou seja, ele antecipa um valor que já receberia futuramente em um único montante.
Para isso, basta que a pessoa tenha saldo no FGTS e opte pela modalidade saque-aniversário. O valor antecipado é descontado no próximo saque-aniversário do trabalhador, que ocorrerá no mês do seu aniversário.
2 - Consignado
Reservado a aposentados, pensionistas e funcionários públicos, é também uma alternativa para os negativados, pois nele o desconto das parcelas é realizado diretamente na folha de pagamento ou benefício. Possui taxas mais acessíveis, graças à garantia da fonte de renda estável.
3 - Garantia de imóvel
Ao oferecer um bem próprio como compromisso de pagamento, o crédito com garantia se destaca por taxas de juros mais baixas e prazos estendidos, já que a garantia reduz o risco de inadimplência. A modalidade é indicada para quem busca quantias mais expressivas, usando o imóvel como garantia.
4 - Garantia de veículo
Semelhante à modalidade de garantia de imóvel, porém tendo um veículo como compromisso de pagamento.
5 - Garantia de celular
Existe ainda o empréstimo usando o celular, para quem não possui bens de maior valor, mas procura por opções com taxas de juros menores.
Há casos em que a empresa fornecedora de crédito exige que a pessoa baixe um aplicativo que bloqueia o aparelho em caso de inadimplência. Depois que o aplicativo é baixado, não é mais possível excluí-lo. Apenas a empresa responsável pelo app consegue fazer a exclusão.
6 - Empenho de joias
Com a valorização do ouro, quem tem joias e precisa de um empréstimo rápido pode ter acesso ao crédito por meio do penhor de bens valiosos. A Caixa oferece esse serviço para itens como anéis, colares, pulseiras e demais joias, além de canetas e relógios. Com o ouro chegando a valores recordes, é possível pegar mais dinheiro emprestado com o mesmo bem.
7 - Empréstimo pessoal
É ideal para qualquer público, uma vez que não exige garantias. No entanto, as taxas de juros geralmente são altas, especialmente porque é um crédito liberado com alto risco de não pagamento. Para empréstimo sem garantia de pagamento, normalmente a saída é recorrer a correspondentes bancários e fintechs.
8 - MEI negativado
Uma das principais dúvidas dos empresários que atuam como MEI é sobre a possibilidade de garantir empréstimos com o nome sujo, ou seja, se o CPF negativado interfere na credibilidade do CNPJ. Ainda que a resposta seja sim, há ressalvas. Apesar de a pessoa física interferir diretamente na pessoa jurídica, é possível garantir crédito, mas sua obtenção, além de ser muito difícil e circunstancial, depende da situação do endividamento do empreendedor.
9 - Autônomo negativado
linha de crédito destinada a pessoas com o nome sujo e que trabalham por conta própria, sem vínculo empregatício formal. É oferecido por instituições financeiras que entendem as dificuldades enfrentadas por quem está negativado e precisa de dinheiro para resolver emergências. Costumam ter juros mais altos, pois as financeiras consideram esses empréstimos mais arriscados.
10 - Cheque especial
É aquele crédito pré-aprovado atrelado à conta corrente que fica disponível para ser usado quando o saldo está zerado. As instituições financeiras consideram as informações básicas para determinar o limite do cheque especial de cada cliente. Como esta modalidade possui taxas de juros elevadas, a recomendação de especialistas é que deve ser quitada o quanto antes.
ANÁLISE | Eduardo Araujo, economista e consultor do Tesouro do Estado
“Mesmo que com limitações, há alternativas de crédito para quem está negativado e precisa de recursos. No entanto, recomenda-se cautela para não agravar o quadro financeiro.
O crédito em situações de negativação tende a ter juros elevados em opções não consignadas ou sem garantias. Com taxas altas, um novo crédito pode intensificar o ciclo de endividamento.
Para uma recuperação sustentável, o indicado é adotar um planejamento financeiro voltado para o controle de gastos e a renegociação de dívidas, evitando o uso de crédito adicional como solução rápida para uma situação que exige organização e ajuste nas finanças pessoais”.
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