Fique livre de amigdalite no verão. Veja dicas dos especialistas
Especialistas dizem que ter hidratação adequada, evitar alimentos gelados e aglomerações ajudam a evitar o problema
Escute essa reportagem
A variação brusca de temperatura pode favorecer o surgimento da amigdalite, sabia? No verão, quando o calor prevalece, é importante ficar atento a como se cuidar para evitar a infecção se não deseja ter dias de mal-estar.
Querer se refrescar em ambientes com ar-condicionado é comum nessa época, mas acaba sendo um “risco”.
Segundo a otorrinolaringologista Débora Brizon Braga, isso acontece porque o aparelho frequentemente gera uma grande variação de temperatura entre os ambientes interno e externo, podendo irritar a mucosa da garganta e enfraquecer a resposta imunológica local, tornando as amígdalas mais suscetíveis à inflamação e infecções.
Ela pontuou ainda que em ambientes com ar-condicionado o ar circula constantemente e pode ficar contaminado com poeira, fungos e bactérias.
“Se o sistema de filtragem do aparelho não for adequado, pode haver maior concentração de microrganismos no ar, o que aumenta a probabilidade de infecção na garganta e, consequentemente, a possibilidade de desenvolvimento de amigdalite”.
Débora afirmou ser importante controlar a temperatura e a umidade, e garantir que o sistema de filtragem do ar esteja limpo e eficaz.
Outros cuidados citados pela médica para um verão sem amigdalite são hidratar-se, pois hidratação adequada mantém as mucosas da garganta bem lubrificadas, o que ajuda a proteger contra infecções; evitar alimentos gelados, que podem causar choque térmico e favorecer as infecções; evitar aglomerações e lavar as mãos para evitar contágio de vírus e bactérias.
Outra maneira de prevenção ao problema na estação mais quente do ano é estar com imunidade alta. A otorrinolaringologista Hana Higa explicou como.
“Manter uma alimentação balanceada, dormir bem, praticar atividades físicas e cuidar da saúde geral. Em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos ou suplementos que auxiliem na estimulação do sistema imunológico, especialmente em pessoas com infecções recorrentes”, afirmou.
“Minhas amígdalas inchavam”
A estudante de Psicologia Elysa Lima Volcati, de 20 anos, contou que sofria com amigdalite de repetição e decidiu retirar as amígdalas no ano passado.
Seu quadro no geral fez com que seus médicos indicassem essa decisão mais invasiva. Ela, inclusive, era alérgica a um remédio “linha de frente” para o tratamento.
“Eu sempre tinha dificuldades para comer, fazer atividade física e também era um incômodo físico, pois minhas amígdalas inchavam bastante. Era um quadro muito ruim”, contou.
“Me derruba demais”
O estudante Pedro Vitor Santiago, de 22 anos, contou que tem amigdalite desde os 13 anos e que lamenta muito ter que viver com o problema. Somente neste ano, teve cerca de seis crises do problema.
“Eu já me acostumei, mas odeio todas as vezes que tenho. Me derruba demais, me deixa completamente acabado”, comentou. Ele faz tratamento com antibióticos, anti-inflamatório e antitérmico.
Fique por dentro
Amigdalite
O que é
A otorrinolaringologista Débora Brizon explicou que a amigdalite é um processo inflamatório/infeccioso das amígdalas, causado por infecções virais ou bacterianas.
Sua transmissão geralmente ocorre de pessoa para pessoa, por meio de saliva, secreções nasais ou contato com superfícies contaminadas.
Sintomas: Dor na garganta, febre, dificuldade para engolir, falta de apetite, inchaço das amígdalas.
Tratamento
A médica otorrinolaringologista Hana Higa explicou que, nos casos de amigdalites virais, recomenda-se o uso de medicações sintomáticas, como analgésicos e antitérmicos, além de repouso adequado.
Já nas amigdalites bacterianas, o tratamento com antibióticos é necessário para combater a infecção.
Como evitar
Hana afirmou que cuidar da imunidade ajuda a prevenir amigdalites.
Para isso, é importante manter uma alimentação balanceada, dormir bem, praticar atividades físicas e cuidar da saúde geral.
Dicas para o verão
Débora Brizon sugeriu manter-se hidratado, manter a higienização do ar-condicionado e evitar mudanças bruscas de temperatura.
Recomendou também evitar aglomerações e lavar as mãos para evitar contágio de vírus e bactérias, e evitar alimentos gelados que podem causar choque térmico e favorecer as infecções.
MATÉRIAS RELACIONADAS:
Tags
Comentários