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Especialistas explicam doença que pode tirar visão de Felipe Simas

Ator falou, em suas redes sociais, que foi diagnosticado com neurite óptica e alertou sobre a importância de buscar apoio médico


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Imagem ilustrativa da imagem Especialistas explicam doença que pode tirar visão de Felipe Simas
Felipe Simas: condição pode levar à perda temporária ou permanente da visão |  Foto: Reprodução / Instagram

O ator Felipe Simas, de 31 anos, revelou, nesta segunda-feira (29), nas redes sociais, o diagnóstico de neurite óptica, uma condição que pode causar a perda temporária ou permanente da visão. Mas, afinal, o que é e o que causa essa doença?

A neurite óptica é uma inflamação do nervo óptico, que é a parte do olho responsável por transmitir as imagens visuais para o cérebro. As manifestações clínicas mais recorrentes desta doença são a perda repentina da visão, a perturbação da visão de cores e a dor durante a movimentação dos olhos, explicam médicos entrevistados pelo jornal A Tribuna.

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Pessoas com histórico familiar de doenças desmielinizantes, como esclerose múltipla, têm maior risco de desenvolver neurite óptica, explica a médica oftalmologista Marília Vilas Boas.

“Esta doença oftálmica ocorre predominantemente em pacientes jovens, predominante no sexo feminino. Pessoas com doenças autoimunes, como lúpus e doença de Sjögren, também têm maior risco de desenvolver a neurite óptica”.

O médico oftalmologista e professor da Ufes Alexandre Grobberio Pinheiro explica que o diagnóstico da doença se dá com base nos sintomas, no exame clínico oftalmológico completo e em exames de imagem, como a ressonância magnética e a tomografia de coerência óptica.

“Embora não haja uma 'cura' definitiva para a neurite óptica, muitos pacientes experimentam uma recuperação substancial da visão. O tratamento precoce e adequado é crucial para minimizar os danos permanentes ao nervo óptico”.

Neuromielite

A neurologista do ambulatório de doenças desmielinizantes do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam-ES) Paula Zago Melo Dias explica que a neurite óptica é um sintoma relacionado à inflamação do nervo do olho, e, nem sempre, é uma manifestação da neuromielite óptica (NMOSD).

“A neuromielite óptica é uma doença autoimune com inflamação no nervo do olho e da medula espinhal. A neurite óptica é uma inflamação comum na neuromielite óptica, mas ela acontece em outras doenças também. Ela não é específica da neuromielite óptica”.

Nas redes sociais, Felipe Simas compartilhou como lidou com o diagnóstico e alertou ao público sobre a importância do apoio médico.

“Fui diagnosticado e enfrentei a neurite óptica, uma condição que pode ser um dos primeiros sinais da doença do espectro da neuromielite óptica. Foi assustador lidar com sintomas como perda de visão e dor ao mover os olhos. Buscar ajuda médica foi crucial”, relatou o ator.


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Neurite óptica

A Neurite óptica é uma inflamação do nervo óptico, que é a parte do olho responsável por transmitir as imagens visuais para o cérebro. As manifestações clínicas mais recorrentes desta doença são a perda repentina da visão, a perturbação da visão de cores e a dor durante a movimentação dos olhos.

Esta anomalia visual pode estar associada a infecções – como a sífilis, o HIV e a herpes –, a vacinas, a fármacos e a doenças autoimunes, especialmente a esclerose múltipla e a neuromielite óptica (NMOSD).

A neurite óptica é um sintoma relacionado à inflamação do nervo do olho e, nem sempre, é uma manifestação da neuromielite óptica (NMOSD), uma doença autoimune com inflamação no nervo do olho e da medula espinhal.

Entre os principais sinais de alerta, estão a queixa de visão conturbada das cores, a redução da acuidade visual e a deficiência do campo visual.

O diagnóstico é feito com base nos sintomas, no exame clínico oftalmológico completo e em exames de imagem, como a ressonância magnética e a tomografia de coerência óptica. Exames adicionais podem incluir o teste de campo visual.

Neurite óptica é mais comum em adultos, entre 20 e 40 anos, e afeta mais as mulheres do que os homens.

Tratamento

O tratamento pode incluir corticosteroides para reduzir a inflamação. Em casos associados a doenças autoimunes, os tratamentos específicos para essas condições podem ser necessários. O acompanhamento com um neurologista é indicado.

Embora não haja uma “cura” definitiva para a neurite óptica, muitos pacientes experimentam uma recuperação substancial da visão. O tratamento precoce e adequado é crucial para minimizar os danos permanentes ao nervo óptico.

Fonte: Especialistas consultados.

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