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Coronavírus

Ministério da Saúde busca pastores para ampliar vacinação contra covid

A medida integra os esforços do governo para intensificar a cobertura no país, que desperta preocupações na cúpula da pasta


 

Imagem ilustrativa da imagem Ministério da Saúde busca pastores para ampliar vacinação contra covid
Ministério da Saúde busca ajuda de pastores para ampliar a vacinação contra covid |  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O Ministério da Saúde tenta se aproximar de líderes religiosos para que eles divulguem entre os fiéis a importância da vacinação contra a covid. A medida integra os esforços do governo para intensificar a cobertura no país, que desperta preocupações na cúpula da pasta.

A gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Saúde tem entre suas prioridades reverter anos de campanha antivacina do governo de Jair Bolsonaro (PL). A pasta também planeja intensificar os investimentos em comunicação e vem cobrando dos secretários de estados e municípios mais resultados na área.

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A necessidade de envolver lideranças religiosas na campanha de imunização já foi abordada pelo próprio Lula ainda na transição. Ele se referiu ao assunto ao cobrar a responsabilização de quem propagou fake news sobre a vacinação.

"Pretendo procurar várias igrejas evangélicas e discutir com o chefe delas: 'Olha, qual é o comportamento de vocês nessa questão das vacinas?'", disse Lula em novembro durante videoconferência com gestores do SUS (Sistema Único de Saúde). "Ou vamos responsabilizar vocês pela morte das pessoas", afirmou o então presidente eleito.

De acordo com documentos obtidos pela Folha, o Ministério da Saúde tem expressado aos estados e municípios preocupação com a redução de pedidos de entrega de doses e com os estoques de vacinas.

Os dados mostram baixo percentual de crianças que receberam as duas doses de covid-19. Em ofício de 19 de abril deste ano, o ministério comandado por Nísia Trindade ressaltou que nenhum estado apresentava mais de 30% do grupo de crianças com idades entre 6 meses e 4 anos vacinada com as duas rodadas.

O ministério ainda afirmou nos documentos que os estados passaram a pedir menos doses. "A queda nas solicitações, possivelmente decorrente da diminuição da procura pela população, aumenta o risco de vencimento dessas vacinas."

Como a Folha revelou, a pasta já perdeu 39 milhões de doses contra a covid-19, compradas por cerca de R$ 2 bilhões, desde o começo da pandemia até março. Esse dado considera apenas o que estava estocado no ministério e nem sequer foi entregue aos estados.

A maior parte (cerca de 27 milhões) venceu em 2023, mas gestores do SUS atribuem a culpa por essas perdas à gestão Bolsonaro. Isso porque as doses foram herdadas com validade curta, e o ex-presidente desestimulava a vacinação, especialmente em crianças.

A gestão Lula, porém, dá como certo que uma parte dos imunizantes comprados neste ano também vai vencer. É normal que haja perdas em campanhas de imunização, mas o temor é de que o volume seja alto, caro e gere críticas ao governo petista.

Um dos ofícios afirma que os estados solicitaram 41,7 milhões de doses de imunizantes de janeiro até a metade de abril de 2023. O número é inferior ao solicitado em junho de 2022 (cerca de 45,5 milhões), segundo documento inserido no mesmo processo e enviado em 2022.

O Ministério da Saúde foi procurado, mas não se manifestou sobre a campanha de imunização.

Alexandre Naime, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), avalia ser relevante se aproximar de líderes religiosos, assim como de professores e influenciadores.

"É muito importante porque está falando com um mensageiro muito próximo da comunidade e que tem força de opinião junto aos fiéis, por exemplo. A vacinação continua sendo importante porque o vírus continua em circulação e, inclusive, crianças ainda são internadas", destaca.

Membros da pasta têm pedido em declarações públicas que as pessoas se vacinem. Nísia disse que a covid-19 não acabou após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar que a doença não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.

"Por isso, a vacinação segue como ação fundamental. Precisamos da mobilização de todos para ampliar a cobertura vacinal e combater a desinformação que questiona a segurança e a eficácia dos imunizantes", declarou a ministra.

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