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Cidades

Conselheiro federal de medicina: "Fake news pode trazer consequência danosa”


Imagem ilustrativa da imagem Conselheiro federal de medicina: "Fake news pode trazer consequência danosa”
Carlos Magno: “A pessoa pode acreditar no sorinho que não tem resultado” |  Foto: Leone Iglesias - 12/06/2020

Em outras cidades brasileiras, profissionais de saúde também foram alvo de pelo menos 79 denúncias de fake news e “curas milagrosas” da Covid-19. Desse total, 59 são médicos e 20, enfermeiros.

Conselheiro do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Magno Pretti Dalapicola falou nesta terça-feira (30) à reportagem sobre o tema e deu exemplos de fake news.

Leia Mais: Médicos acusados de espalhar fake news são investigados

A Tribuna – O que podem ser consideradas “fake news”?
Carlos Magno Dalapicola – Nesse momento de pandemia, tivemos várias fake news em que médicos divulgam um tratamento para o tal do coronavírus. São divulgações de tratamento de soro para aumentar imunidade, de homeopatia ou “soro milagroso”, com promessa de evitar que as pessoas se contaminem pelo coronavírus.

São propagandas enganosas?
É isso aí. Alguns conselheiros regionais estão fazendo a interdição ética do profissional. Abre uma sindicância porque ele tem que entender que isso induz as pessoas a pensarem que, usando aquele soro, medicação ou complexo vitamínico, está se protegendo do coronavírus. Isso é fictício.

O Conselho Regional pode, além de abrir a sindicância, suspender essa pessoa do exercício profissional por um período. As pessoas, então, podem recorrer ao Conselho Federal de Medicina.

Sobre cloroquina, que ainda não há comprovação científica sobre sua eficácia no tratamento da Covid-19, sua indicação é considerada fake news ou não?
Olha só, o próprio Conselho Federal de Medicina fez um parecer em abril, que está em vigor, sobre o uso da cloroquina no tratamento da Covid. Ele fala explicitamente que o médico pode, por livre prescrição, fazer o uso da cloroquina.

Por que isso? O nosso Código de Ética Médica proíbe fazer uso de medicação que não tem evidência científica, mas a cloroquina é usada para malária, doença reumática. Só que se eu preconizar que a cloroquina vai curar a Covid eu estaria infringindo esse artigo.

Agora, o médico tem o livre-arbítrio de prescrever, de falar sobre os efeitos colaterais, e o paciente precisa aceitar.

Qual o recado que deixa a quem divulga fake news?
Pode trazer uma consequência muito danosa porque a pessoa pode acreditar naquele “sorinho” que não tem resultado. Pode até piorar o quadro, pois, às vezes, o paciente acha que vai melhorar a imunidade, passa a se expor mais, e pode ser contaminado.

Por isso, eu digo: parem imediatamente de propagar notícias falsas, pois há risco de ser denunciado ao Conselho, de abrir uma sindicância e, por consequência, pode ter uma interdição ética do exercício profissional da medicina.

Pode evoluir para cassação?
Dificilmente, mas tem uma situação que pode acontecer. Por exemplo, um profissional fez uma propaganda dessa, o paciente confiou, teve Covid e morreu. Se a família denunciar por imperícia, por negligência, aí sim, é possível chegar à cassação.

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